Foto: Pedro França/Agência Senado
Diante do silêncio da depoente Emanuela Medrades, diretora técnica da Precisa Medicamentos, o presidente da CPI da Covid, Omar Aziz (PSD-AM), anunciou a suspensão da sessão desta terça-feira (13) até que o ministro Luiz Fux, do STF, esclareça até que ponto ela pode ficar calada.
A Precisa intermediou um contrato de R$ 1,6 bilhão do Ministério da Saúde para a compra da vacina Covaxin – o imunizante mais caro negociado pelo governo. Após a denúncia de possíveis irregularidades, o contrato foi suspenso
A expectativa dos senadores era que Emanuela Medrades ajudasse a esclarecer o caso. No entanto, ela obteve um habeas corpus na segunda-feira (12) permitindo que fique em silêncio. Segundo a decisão, o benefício vale “exclusivamente” em relação a fatos que possam incriminá-la
Já nesta terça, a diretora técnica se recusou a responder todas as perguntas que lhe foram endereçadas, como por exemplo o cargo que exercia na Precisa. Afirmou que permaneceria em silêncio, seguindo a orientação de seus advogados.
Foto: Roque de Sá/Agência Senado
A postura provocou críticas dos senadores e reação de Omar Aziz. “Vou suspender a sessão e entrar agora com um embargo de declaração para que o STF explique a sua decisão”, afirmou. Segundo Aziz, os senadores continuarão na sala, assim como a diretora da Precisa, esperando as explicações de Fux.
Senador Omar Aziz (PSD-AM), afirma, aos jornalistas, que ficar calado sinaliza algo a se descobrir. O senador enfatiza que aqueles que se socorrem da Justiça para ficar calado, caso da diretora técnica da Precisa Medicamentos, e não quererem contribuir, acabam por sinalizar que “existem muito mais coisas para a CPI descobrir”.