APÓS FALA SOBRE PESSOAS COM DEFICIÊNCIAS, MINISTRO DA EDUCAÇÃO PEDE PERDÃO: “ERRO DE EXPRESSÃO”

Foto: Isac Nóbrega

O ministro da Educação, Milton Ribeiro, usou as redes sociais, nesta quinta-feira (19/8), para pedir “perdão” por uma declaração polêmica sobre pessoas com deficiências. Mais cedo, ele falou que há crianças com “um grau de deficiência que é impossível a convivência”. Logo após a fala viralizar, Ribeiro alegou que “usou palavras não apropriadas” para se expressar.

“Inicio pedindo perdão a todos que sentiram-se ofendidos ou constrangidos com a forma como me expressei em relação aos nossos educandos especiais”, diz o post do ministro.

Segundo Ribeiro, “algumas palavras foram utilizadas de forma não apropriada e não traduzem, adequadamente, o que quis expressar”.

“Minha intenção foi referir-me quanto à dificuldade de desenvolvimento adequado de algumas crianças com deficiências em classes comuns”, justificou o chefe do MEC.

2ª polêmica

A declaração polêmica foi dada durante uma visita ao Recife, dias após ele dizer que estudantes com deficiência atrapalham o aprendizado de outros alunos.

“Nós temos, hoje, 1,3 milhão de crianças com deficiência que estudam nas escolas públicas. Desse total, 12% têm um grau de deficiência que é impossível a convivência. O que o nosso governo fez: em vez de simplesmente jogá-los dentro de uma sala de aula, pelo ‘inclusivismo’, nós estamos criando salas especiais para que essas crianças possam receber o tratamento que merecem e precisam”, afirmou Ribeiro.

MEC  EMITE NOTA POR DECLARAÇÃO DE MILTON RIBEIRO SOBRE PESSOAS COM DEFICIÊNCIA

O Ministério da Educação (MEC) divulgou uma nota, nesta quinta-feira, para reafirmar o pedido de desculpas do ministro Milton Ribeiro por declarar, em entrevista ao programa Sem Censura, da TV Brasil, que alunos com deficiência “atrapalham” e “criam dificuldades” em sala de aula. A declaração foi dada na semana passada e o ministro tentou explicá-la na última terça-feira, em palestra no Rio, mas acabou por ser criticado mais uma vez por entidades de direitos de crianças com deficiência

Segundo o MEC, “a nova política adotada pelo Governo Federal amplia os direitos, opções e o respeito à escolha das famílias, que são as únicas conhecedoras de suas realidades singulares”. A pasta afirma que a medida de colocar estudantes com deficiência em classes específicas “não é impositiva” e ” está suspensa e em análise pelo Supremo Tribunal Federal (STF).”

“O ministro da Educação, Milton Ribeiro, já manifestou publicamente seu pedido de desculpas às pessoas que se sentiram ofendidas e reafirma o seu compromisso com o desenvolvimento de políticas públicas que contemplem de fato as necessidades das modalidades especializadas”, diz o comunicado.

A pasta diz ainda que a gestão de Milton Ribeiro destinou R$ 257 milhões à Secretaria de Modalidades Especializadas de Educação do Ministério da Educação (Semesp/MEC).

Metrópoles/O Globo

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