Fachada do Supremo Tribunal Federal em Brasília. Foto: Dida Sampaio / Estadão
Gente graúda do PIB nacional, além do presidente da Câmara, Arthur Lira, do ministro Ciro Nogueira (Casa Civil) e de ao menos três ministros do Supremo Tribunal Federal têm conversado sobre a retomada de relações positivas entre o Poder Executivo e ministros do STF. Os apelos à serenidade começam a dar resultado, como a desistência de Bolsonaro de pedir o impeachment do ministro Luís Roberto Barroso. O êxito da tratativa depende de discrição, por isso conversas são feitas sem alarde.
Segurando a língua
Ao cancelar o discurso no Dia do Soldado, ontem, Bolsonaro também eliminou a tensão em torno de eventuais declarações agravando a crise.
Ponderação ouvida
Ciro Nogueira é figura central na “mesa” de negociação. Há pouco tempo no cargo, conquistou a confiança de Bolsonaro e tem sido ouvido por ele.
Bom senso à mesa
Os ministros do STF que participam dos entendimentos têm interlocução fácil com o Planalto e não foram alvo de declarações do presidente.
Desconfiança
No STF, a dificuldade é acreditar que Bolsonaro respeitaria um “cessar-fogo” pelo tempo suficiente para readquirir a confiança dos ministros.
Cláudio Humberto/Diário do Poder