‘RENAN SERÁ PROCESSADO POR ABUSO DE AUTORIDADE E DENUNCIAÇÃO CALUNIOSA’, DIZ RICARDO BARROS

 

O líder do governo na Câmara, deputado Ricardo Barros (PP-PR), investigado pela CPI da Covid-19 por indícios de suposta participação no caso Covaxin, afirmou nesta quarta-feira, 19, que irá processar o relator da comissão, o senador Renan Calheiros (MDB-AL), por abuso de autoridade e denúncia caluniosa.

Em entrevista ao Jornal da Manhã, o parlamentar informou que também irá processar o presidente da CPI, o senador Omar Aziz (PSD-AM), pela suspensão, sem justa causa, da sua oitiva. Barros foi ouvido pela Comissão em agosto, mas teve o depoimento interrompido após bate-boca entre os senadores.

“Renan Calheiros será processado por abuso de autoridade e por denunciação caluniosa. O Omar Aziz por suspender a minha oitiva, sem justa causa. Ele me deu cerceamento de defesa e me impediu de esclarecer coisas que agora estão escrevendo no relatório”, disse Barros.

“Eles impediram a minha fala na CPI porque eu destruí a narrativa deles com documentos. Tudo que eles estavam falando eu fui provando documentalmente que não era”, acrescentou o deputado, que reforçou, mais uma vez, a sua fala de que “a CPI fez muito mal ao Brasil”.

Para ele, o saldo da Comissão foi negativo e os indiciamentos presentes no relatório de Calheiros não irão resultar em acusações pelo Ministério Público. “Nenhum resultado. Tem um capítulo inteiro sobre Ricardo Barros, 50 páginas.  As primeiras cinco páginas o Calheiros copiou do próprio Mistério Público, portanto, não vai somar nada na ação que já ocorre sobre aquele antigo caso da Global onde nós estamos provando que fizemos a compra absolutamente dentro da regra”, justifica o parlamentar.

 Depois ele fala das minhas empresas, o que não tem nada a ver com a CPI. São empresas patrimoniais. Depois ele fala daquele gabinete paralelo. Eu nunca fiz parte de nenhum gabinete paralelo, nem existe esse gabinete”, frisou.

Durante a entrevista, Barros negou qualquer envolvimento com o caso Covaxin e irregularidades na compra de medicamentos da Global Saúde na época em que o deputado comandava a Saúde.

Segundo ele, 12 pessoas que trabalharam diretamente no (negociação) de compra da vacina indiana negaram o seu envolvimento no processo. Barros ainda defendeu que a CPI afastou os fornecedores de imunizantes contra a Covid-19 no Brasil.

“Eu entendo que a CPI tem o seu papel, mas ela tenta constranger o governo dizendo que mais mortes ocorreram por ação da gestão Bolsonaro, mas nós temos que entender que foi o governo que patrocinou as vacinas. A CPI afastou os fornecedores de vacina. Ninguém mais quis tratar de vacina no Brasil para não sentar nesse circo”, finalizou o parlamentar.

Jovem Psn

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.

Topo