APÓS CONFUSÃO EM AEROPORTO, PASSAGEIRO CONSEGUE EMBARCAR COELHO EM VOO INTERNACIONAL PARA DUBLIN

Dono do animal tinha autorização judicial prévia, mas foi inicialmente impedido. Proibição gerou briga com funcionários da companhia. Advogados de passageiro conseguiram nova autorização na Justiça e coelho pode viajar nesta sexta (19).

Um passageiro conseguiu embarcar seu coelho em um voo internacional da KLM nesta sexta-feira (19) após uma confusão no Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos.

O dono do coelho tinha autorização judicial para levar o animal na quinta (18), mas foi barrado pelos funcionários da companhia e uma discussão foi iniciada, com troca de palavrões e ameaças (veja vídeo abaixo).

Segundo os advogados do rapaz, o animal entrou no avião sob escolta policial, após uma segunda autorização da Justiça.

Eles afirmaram que tinham feito contato anterior com a KLM informando sobre a primeira liminar judicial autorizando o embarque do coelho par evitar toda a confusão ocorrida e que, mesmo assim, “o comandante informou não se importar com a decisão judicial e retornou à aeronave, sem os nossos clientes”.

As imagens do passageiro e seu animal foram divulgadas nas redes sociais do escritório de advocacia.

“O nosso escritório repudia, veementemente, toda forma de violência e, mais ainda, o desrespeito às decisões judiciais, que são um dos pilares do estado democrático de direito”, escreveram em nota os advogados da Furno Petraglia e Pérez Advocacia.

O vídeo circulou nas redes sociais registra o momento em que o dono do animal xingou a funcionária da KLM e, na sequência, foi agredido com socos por um outro empregado trajando preto, iniciando uma briga generalizada.

Durante a confusão, o dono do animal, que estava de camisa xadrez e ao telefone, foi empurrado e caiu em cima da mala onde o coelho estava.

Pelas imagens, é possível ver o casal argumentando com a funcionária que havia autorização judicial prévia, assim como uma da própria KLM, para que o animal pudesse voar.

Contudo, a empresa afirmou por meio de nota que houve um “equívoco interno” ao avisar a equipe de embarque sobre a documentação.

“Devido a um equívoco interno da companhia, o transporte excepcional do animal na cabine da aeronave, com base em uma decisão judicial, não foi comunicado à tripulação do voo com antecedência”, afirmou a empresa.

“Ao contrário de cães e gatos, animais roedores não podem ser transportados na cabine da aeronave por razões de segurança, motivo pelo qual os passageiros não puderam embarcar no voo da KLM desta quinta-feira (18/11) em São Paulo com seu coelho”, completou.

Coelhos, no entanto, não são roedores, mas lagomorfos. Isso porque eles têm quatro dentes incisivos, enquanto os roedores, como ratos e chinchilas, contam com dois.

O que diz a KLM

A KLM disse, ainda, que “lamenta profundamente que a situação tenha escalado para um desentendimento no local de embarque” e afirma condenar “qualquer tipo de comportamento violento de passageiros e colaboradores”.

Uma investigação interna da companhia também foi aberta para entender os fatos, segundo a empresa.

g1

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