DONOS DE EMPRESA QUE NÃO ENTREGOU RESPIRADORES COMPRADOS PELO CONSÓRCIO NORDESTE FICAM EM SILÊNCIO NA CPI DA COVID NO RN

Foto: EduardoMaia/ALRN

Na sessão da CPI da Covid desta quarta-feira (3) na Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte, , os empresários Luiz Henrique Ramos e Cristiana Prestes Taddeo, donos da Hempcare, permaneceram em silêncio nos depoimentos e não responderam nenhuma pergunta dos parlamentares. A empresa recebeu R$ 48 milhões do Consórcio Nordeste para a compra de respiradores e não encaminhou nenhum aos estados. O caso está sendo investigado pela Justiça e a CPI da Covid.

Os dois foram convocados para prestar depoimentos na CPI na condição de investigados. Os deputados buscam explicações sobre a compra frustrada de respiradores pelo Consórcio Nordeste à empresa Hempcare durante a pandemia.

A aquisição, que não foi concluída, custou cerca de R$ 4,9 milhões ao Rio Grande do Norte, por 30 respiradores, e R$ 48 milhões ao Consórcio Nordeste, por 300.

A dona da empresa foi a primeira a entrar no plenário e informou que não responderia as questões. Como forma do protocolo, os deputados, ainda assim, leram todos os questionamentos antes de liberá-la. Em seguida, o sócio também ficou em silêncio.

Também na tarde desta quarta-feira (3), a  CPI da Covid   aprovou requerimento que pede à governadora Fátima Bezerra a saída do estado do Consórcio Nordeste. O requerimento foi aprovado por dois votos favoráveis, um contrário e uma abstenção. Além disso, os parlamentares também confirmaram a data para o final dos trabalhos da CPI, que será 16 de dezembro.

Ainda nesta quarta-feira, a CPI ouviu a ex-servidora da Sesap Gilsandra Lira Fernandes, na condição de investigada. Ela prestou esclarecimentos sobre os contratos da contratação de ambulâncias e de leitos de UTI, que são alvos da CPI. Ela é uma das investigadas na operação Lectus, que apura supostas fraudes na Sesap, mas ainda não falou sobre o tema, que não é objeto de investigação da CPI até o momento. Há, contudo, o trabalho dos parlamentares para incluir o conteúdo dessa investigação, que também trata sobre a contratação de leitos para atendimento à covid-19 no Rio Grande do Norte.

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