GOVERNO DO ESTADO “AFRONTA A JUSTIÇA” AO RECONHECER DÍVIDA DE R$ 70 MILHÕES À SAÚDE DE NATAL E NÃO PAGAR, RECLAMA SECRETÁRIO

Secretário municipal de Saúde de Natal, George Antunes – Foto: 98 FM / Reprodução

 O secretário municipal de Saúde de Natal, George Antunes, cobrou nesta terça-feira (16), em entrevista à 98 FM, que o Governo do Estado pague a dívida que tem com a rede de saúde da capital potiguar. Segundo o secretário, os cerca de R$ 70 milhões que a gestão estadual tem a pagar para Natal comprometem o serviço de saúde.

Também em entrevista à 98 FM, o secretário estadual de Saúde, Cipriano Maia, reconheceu o débito, mas afirmou que não recursos financeiros para pagar. Na ocasião, o secretário pediu mais verba federal para abastecer o orçamento da saúde do Estado. George Antunes também fez a mesma cobrança, mas disse que o Estado precisa cumprir com a sua responsabilidade.

“O secretário do Estado disse que tinha uma dívida de R$ 70 milhões e não pagava. Eu não sei em que País que a gente vive. Cada um cumpra sua obrigação”, afirmou George Antunes, ao programa “Repórter 98”.

O secretário municipal disse que o caso está judicializado e, no momento, encontra-se sobre a mesa do desembargador Cláudio Santos, do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Norte (TJRN), que pode tomar decisão em breve para executar a dívida.

“É inaceitável. Isso está na mesa do desembargador Cláudio Santos, que é um homem muito sensível, correto. Eu não acredito que o desembargador vá permitir que uma barbaridade dessa perdure. Isso é uma afronta à Justiça, quando já tem isso julgado. Um juiz já julgou, reconhece, mandou pagar e o secretário vem numa rádio como essa e diz ‘eu devo, mas não vou pagar’”, reclamou George Antunes.

O secretário afirmou, ainda, que, por causa da dívida que o Estado tem junto ao Município – e em função do subfinanciamento federal –, Natal tem destinado mais recursos de seu orçamento próprio para a saúde. “Temos urgentemente que ter apoio do Governo Federal. Natal vai com 42% de aplicação de recursos de suas receitas próprias. 15% é a obrigação”, finalizou.

Do  98 FM Natal

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