‘NÃO QUISEMOS MATAR NINGUÉM’, AFIRMA MÚSICO QUE TOCOU NA KISS

Foto: Reprodução/Youtube

O percussionista que tocava na banda Gurizada Fandangueira, Márcio André de Jesus dos Santos, foi o quarto a depor nesta segunda-feira (6) no julgamento dos réus acusados de serem os responsáveis pelo incêndio na boate Kiss. Ele, que é irmão do réu Marcelo de Jesus dos Santos, comentou o sentimento dele e dos integrantes do grupo após a tragédia. “Nós não quisemos matar ninguém lá. Se eu disser para os pais que estão aqui que eu entendo a dor deles, estou mentindo. Eu entendo da nossa dor”, disse.

Ele afirma que sente os reflexos da tragédia até hoje, em seu relacionamento com o filho. “Tenho um filho de nove anos, ele não tinha um ano quando aconteceu [o incêndio]. A gente nunca cantou parabéns pra ele. Se eu cantasse um parabéns para ele diziam: ‘olha lá os caras da banda cantando parabéns'”.

No depoimento, o músico conta ainda que o gaitista Danilo Jaques costumava fazer a negociação com os interessados em contratar o grupo. “Ele assumiu essa parte com os contratantes. A gente deixou essa responsabilidade pra ele porque ele era um cara mais instruído, tinha os projetos paralelos dele de formatura, ele dizia ‘não se meta’. O Danilo designava as funções de cada um, ele não era uma pessoa responsável.”

O percussionista conta que a banda “dependia” das apresentações na casa noturna. “Quem precisava da boate éramos nós. A boate tinha mil bandas, se a gente não fizesse o que era mandado a gente que perdia aquela exposição”, disse.

R7

 

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