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O ex-ministro Garibaldi Filho entregou de bandeja ao primo Henrique Eduardo Alves, o discurso certo para sensibilizar os emedebistas do Rio Grande do Norte sobre no seu retorno ao cenário político nacional. O anúncio de rompimento político e familiar com Henrique, protagonizado pelo primo companheiro de cinco décadas na política potiguar, coloca Henrique como vítima na abertura da campanha política deste ano.
Nas redes sociais e rodas de conversas, Henrique surge como o abandonado injustamente pelo primo Garibaldi, recebendo inclusive apoios espontâneos diante da crise política e familiar que está passando.
Inteligente até demais, Henrique sutilmente responde a Garibaldi se apoiando na figura do saudoso Aluízio Alves, político imortalizado pela resistência às perseguições e injustiças sofridas durante os tempos difíceis da sua trajetória política.
Agora, diante da conduta de Garibaldi, Henrique retorna ao cenário político vitimizado, firme aos lemas de Aluízio e agarrado ao verde da esperança figurada na bandeira do MDB.
Entenda o caso:
O ex-senador e ex-governador do Rio Grande do Norte Garibaldi Alves Filho tornou público o seu rompimento político e familiar com o ex-ministro Henrique Alves. A informação foi confirmada pelo próprio Garibaldi em entrevista na manhã desta segunda-feira (3) e oficializa a cisão entre os dois.
De acordo com Garibaldi, ele não tem motivos para manter uma relação política com Henrique. O ex-governador destacou que no último pleito, o ex-ministro teria pedido votos para Benes Leocádio, atitude que prejudicou Walter Alves, filho de Garibaldi, que concorria a uma cadeira na Câmara dos Deputados.
“Não é fácil (nossa relação no partido). A situação será conduzida pela direção do MDB no RN”, afirmou Garibaldi. O partido é comandado no estado por Walter Alves que discutirá se uma possível parceria no campo político com a governadora Fátima Bezerra, do PT, será aderida.
A reação de Henrique
Diz o ditado popular; “quando um não quer, dois não brigam”.
Por isso não esperem de mim uma resposta sequer agressiva em relação ao primo, amigo, companheiro de MDB de 51 anos.
Só gratidão e respeito a Garibaldi. Sabemos o que vivemos juntos!
Surpreso, sim.
Até porque nos falamos no meu aniversário em dezembro, Natal e Ano Novo quando nos desejamos fraternalmente boas festas e felicidades.
A vida e suas circunstâncias…
Realizei a vida política, partidária e pública na escola de meu pai.
Até no se levantar, no resistir às injustiças e vencê-las.
Assim, a bandeira verde, da esperança, sempre a tremular nas minhas mãos sob o julgamento do povo do Rio Grande do Norte, que me deu 11 mandatos de deputado federal.
Hoje não é diferente.
O carinho, o abraço e emoção no reencontro são alegrias que me fortalecem e estimulam na luta que sempre continua.
Sem ódio e sem medo. Como Aluízio, meu pai, nos ensinou desde 1970.
Em tempo, a única campanha que não pude ajudar a Garibaldi foi a última de 2018, quando ainda sofria absurdas limitações de brutal injustiça. O RN também sabe disso.
Henrique Eduardo Alves
Garibaldi é quem tem na mão o bastão do Aluizismo.
Henrique não faz juiz a isso!