EM DEPOIMENTO À POLÍCIA FEDERAL, RENAN BOLSONARO NEGA TER COMETIDO TRÁFICO DE INFLUÊNCIA

Jair Renan Bolsonaro, filho mais novo do presidente Jair Bolsonaro (PL), prestou depoimento à Polícia Federal nesta quinta-feira (7) sobre as suspeitas de tráfico de influência e lavagem de dinheiro. Ele permaneceu na superintendência da corporação em Brasília por mais de cinco horas.  Jair Renan Bolsonaro negou as acusações de recebimento de propina para facilitar o acesso de empresários ao ministério de desenvolvimento regional.

Antes do compromisso com os investigadores, em entrevista ao SBT, ele negou as acusações de recebimento de propina e de defender interesses empresariais junto ao governo.

De acordo com o advogado Frederick Wassef, Jair Renan confirmou aos investigadores que participou de reunião, em 2020, com empresários no gabinete do então ministro do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho. Aos policiais, Renan disse que esteve no local porque foi convidado por conhecidos. No entanto, diz que não marcou nem planejou o encontro.

​”Eu me sinto revoltado com tudo isso que tá acontecendo. Nunca recebi nenhum cargo, nenhum dinheiro, nunca fiz lavagem de dinheiro, e estão tentando me incriminar numa coisa que não fiz”, afirmou o filho 04 do presidente.

Renan chegou à PF às 16h, acompanhado do advogado Frederick Wassef. Os dois passaram a pé pelo portão de acesso ao prédio da corporação.

Não havia escolta do GSI (Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República), responsável pela segurança da família presidencial. O advogado afirmou que eles foram de carona até o local.

Wassef orientou seu cliente a não conversar com a imprensa na porta da PF e declarou que o rapaz é a “maior vítima do Brasil de fake news”. Afirmou que a PF abriu um inquérito a pedido de “comunistas”, referindo-se a representantes da oposição no Congresso, com base em mentiras.

“Renan Bolsonaro jamais marcou reunião ou atuou no governo, não recebeu carro, não recebeu dinheiro. São fake news, e o objetivo disso é atacar a imagem do presidente Jair Bolsonaro”, disse.

De acordo com o advogado, o filho do presidente colocou os sigilos bancário e fiscal à disposição da polícia. Em dezembro do ano passado, a PF tentou ouvir o investigado, mas ele não compareceu sob a alegação de problema de saúde.

A apuração foi aberta pela PF em março do ano passado, após um pedido do Ministério Público Federal, que avaliou denúncias feitas por parlamentares da oposição ao governo contra a suposta atuação de Renan em favor de empresários.

Folha de São Paulo/CNN Brasil

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