CASO JÉSSICA: DELEGADO DÁ DETALHES DO CRIME, INVESTIGA SE HOUVE VIOLÊNCIA SEXUAL E DIZ QUE VIZINHO FOI “FRIO E CALCULISTA”

Foto: Reprodução/Redes Sociais

A Polícia Civil deu detalhes sobre a morte de Jéssica Maria Rodrigues da Silva, de 25 anos. O delegado José Carlos, titular da delegacia de Canguaretama e responsável pela investigação, concedeu entrevista à TV Tropical, na manhã desta sexta-feira (02), e esclareceu como se deu o crime.

De acordo com ele, o homem, identificado como Josimar Keyvson, de 20 anos, agiu de maneira fria e calculada. “Ele muito frio, muito calculista naquilo que nós perguntávamos a ele. A gente percebeu que ele ficava pensando muito no que ia responder”, contou.

A jovem foi encontrada em uma cova feita em um terreno baldio a poucos metros de casa, sem roupas. O delegado solicitou ao Instituto Técnico-Científico de Perícia do Rio Grande do Norte (Itep-RN) um exame de conjunção carnal para saber se houve violência sexual.

“O embasamento disso, até com as palavras dele, ele disse que ela estava nua, fazendo uma ligação. E também quando ele enterrou o corpo, ela estava totalmente nua”, contou.

Ao ser acionada, a Polícia Civil foi à casa da vítima e do suspeito. Durante os questionamentos, os policiais perceberam ferimentos no pescoço do assassino e desconfiaram. Outros fatores também acenderam o alerta nos agentes.

A investigação iniciou quando os policiais foram até a casa dele e perceberam que tinham uma marca no chão, como se um corpo tivesse sido arrastado. A equipe percebeu que ele tinha umas marcas de unhas no pescoço. Ele disse que tinha sido a namorada dele. Perguntamos o nome e onde ela morava. Ele começou a ficar nervoso para inventar o nome de uma pessoa”

De acordo com o delegado, o suspeito disse que matou a mulher por ter dívidas de drogas. “A motivação que ele disse é que estava devendo em uma boca de fumo e precisava do dinheiro, motivo pelo qual ele foi à casa da vítima”, pontuou.

“Ele se escondeu atrás da porta, colocou camisa na camisa. Segundo ele, quando ela percebeu que tinha alguém, a camisa caiu e ela o reconheceu. Daí, então, ele disse que ficou com medo que ela denunciasse à polícia. Então, ele a matou”, revelou o investigador.

Após o interrogatório na delegacia de Canguaretama, Josimar Keyvson foi transferido para a delegacia de Santo Antônio, onde passou a noite. Segundo a Polícia Civil, a mudança foi necessária para que o suspeito fosse alvo de represálias por parte da população. Nesta sexta-feira, ele foi levado para o presídio de Nova Cruz, onde aguarda julgamento.

Ainda segundo José Carlos, o criminoso não parecia estar arrependido do crime. No entanto, após o delegado falar em Deus, a situação mudou. “Percebi que ele apresentou um documento de que era membro de uma igreja. Fizemos a seguinte pergunta: Sabe quantos ladrões foram com Jesus para a cruz? Ele disse: ‘sei, foram dois’. Eu perguntei: quantos foram salvos? Ele disse: ‘um’. Eu insisti: por que ele foi salvo? Ele disse: ‘porque ele se arrependeu’. Foi quando ele chorou, se ajoelhou e confessou como se deu o crime”.

Jéssica era frentista em um posto de combustíveis na cidade. Ela tinha uma filha de 5 anos. Segundo o pai da criança e ex-companheiro da vítima, a menina iria dormir nesta sexta-feira com a mãe.

Portal da Tropical

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