‘Em hipótese nenhuma’ Maduro vai usar território brasileiro para invadir Guiana, diz ministro da Defesa

Foto: Marceço Camargo/Agência Brasil

O ministro da Defesa, José Múcio Monteiro, afirmou nesta segunda-feira (11) que as Forças Armadas não vão permitir “em hipótese nenhuma” que o Exército venezuelano entre em território brasileiro para invadir a Guiana.

De acordo com o ministro da Defesa, a única forma de a Venezuela invadir a Guiana é passando pelo Brasil, e isso não será permitido pelas Forças Armadas. “Eles só chegarão pela Guiana se passassem pelo território brasileiro, e nós não vamos permitir em hipótese nenhuma”, afirmou o ministro da Defesa.

O ministro afirmou que outra hipótese avaliada pela Defesa seria a de uma invasão marítima. No entanto, de acordo com ele, essa estratégia é dificultada pela geografia da região da Guiana Essequiba, que é composta de florestas densas.

“Eles só chegarão pela Guiana se passassem pelo território brasileiro, e nós não vamos permitir em hipótese nenhuma”, afirmou o ministro da Defesa.

A intenção do governo brasileiro de impedir o uso do território brasileiro como local de passagem para um eventual tentativa da Venezuela de invadir a Guiana cria uma dificuldade logística para as tropas de Maduro por conta das características da região.

Múcio disse que o Brasil não se envolverá em eventual conflito e que as Forças Armadas brasileiras vão reforçar o efetivo em Roraima, próximo à fronteira com a Guiana e a Venezuela.

O ministro afirmou que o reforço de veículos do Exército para a região já estava planejado, mas que a ação foi adiantada para evitar “qualquer problema” na tensão diplomática que ocorre na região.

O Exército enviou 20 blindados para Roraima após Nicolás Maduro anunciar o resultado do plebiscito que chancela a anexação de um terço do território da Guiana pela Venezuela. Os veículos partiram de Mato Grosso do Sul, Paraná e Rio Grande do Sul.

Um encontro entre Maduro e o presidente guianense, Irfaan Ali, na ilha caribenha de São Vicente e Granadinas, foi marcado após um telefonema de Lula para o ditador venezuelano. O encontro ocorrerá na próxima quinta-feira (14). O o chefe da assessoria especial da Presidência, Celso Amorim, foi escalado pelo governo brasileiro para acompanhar a reunião.

R7

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