A ministra da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, Esther Dweck, durante entrevista no programa Bom Dia, Ministra — Foto: Rafa Neddermeyer/Agência Brasil
A assinatura do acordo entre o Ministério da Gestão e Inovação (MGI) e servidores da polícia penal federal prevendo aumento salarial de mais de 60% colocará pressão para que outras categorias reivindiquem aumentos este ano. O Orçamento de 2024, no entanto, não prevê ganhos reais para servidores públicos, o que tornará difícil para o governo federal conseguir atender às reivindicações.
“A categoria terá uma média de aumento de salários de mais de 60% (o salário final salta de cerca de R$ 13 mil para R$ 20 mil) para parte dos aproximadamente 1.600 servidores a atuarem em cinco penitenciárias federais, em capacitações e em situações de crise ou emergência nos estados”, disse o MGI em nota.
No último dia 10, entidades que compõem o Fórum das Carreiras de Estado (Fonacate) protocolaram uma contraproposta ao governo, para tentar conseguir aumentos reais que não estão previstos no Orçamento.
“O documento, que começou a ser discutido na semana passada durante a primeira reunião das entidades neste ano, propõe a recomposição salarial em três parcelas, a primeira de 9%, a segunda de 7,5% e a terceira de 7,5%, a serem implementadas, respectivamente, nos meses de maio de 2024, 2025 e 2026”, afirmou a entidade.
Diversas categorias vêm pleiteando aumento de salários. No Banco Central, servidores fizeram operação-padrão ao longo de 2023 e este ano já chegaram a paralisar as atividades por 24 horas, o que atrasou a divulgação de indicadores.
A defesa por reajustes foi encampada até pelo presidente do Banco, Roberto Campos Neto, e os demais diretores do Comitê de Política Monetária (Copom), entre eles, Gabriel Galípolo, ex-secretário-executivo do ministro Fernando Haddad na Fazenda.
O Globo