Caminhoneiro fala pela 1º vez sobre assassinatos de esposa e filhas; “morri junto com elas”

Foto: Reprodução

O motorista de caminhão Regivaldo Batista Cardoso  falou pela primeira vez sobre o assassinato brutal de sua esposa, Cleci Cardoso, de 46 anos, e das filhas, Miliane Calvi Cardoso, de 19 anos, e outras duas, de 13 e 10 anos, que foram encontradas mortas no dia 27 de novembro do ano passado.

Em entrevista ao SBT, emocionado, ele falou sobre como tem enfrentado as perdas, últimos momentos com a família e ainda detalhou a angústia em não ter conseguido contato com elas, já que estava em viagem no Paraná no dia dos fatos.

“Antes eu tinha elas, trabalhava por elas, aí hoje você trabalha e não tem família mais. Não tem objetivo para trabalhar mais, eu vou e volto, não tenho minha casa, não tenho esposa, não tenho minhas filhas. Que graça tem viver desse jeito? Qual objetivo de viver desse jeito? Tenho minha família, minha sogra, mas não é a mesma coisa. Eu morri junto com elas, esse desgraçado acabou com minha vida também, me matou junto com elas, vou viver para que agora, qual o motivo se não tenho elas mais?”, disse.

— Espero que a Justiça seja rápida e célere, que esse cara nunca mais saia da cadeia, que ele paga para o resto da vida dele — afirmou Batista.

Elas foram estupradas e assassinadas dentro de casa, na cidade de Sorriso (397 km de Cuiabá). O autor confesso do crime, Gilberto Rodrigues dos Anjos, de 32 anos, está preso na Penitenciária Central do Estado, em Cuiabá.

Segundo a polícia, a mãe foi a primeira vítima. Ela foi esfaqueada no pescoço. Com a movimentação, a filha mais velha saiu do quarto e também foi atacada por ele. Depois, o mesmo aconteceu com a menina de 12 anos. As três foram estupradas por Gilberto. A filha mais nova, de 10 anos, foi asfixiada em seguida.

Os corpos das vítimas foram encontrados já sem vida e com ferimentos profundos, como cortes no pescoço, segundo a Polícia Civil. Depois de cometer o crime, Gilberto dos Anjos retornou para o terreno ao lado, onde passava a noite. As roupas sujas de sangue foram recolhidas em um contêiner da obra, durante as investigações.

O Globo/Só Notícias

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