Lewandowski acusa Lewandowski de “motivações políticas”, como fez com Sérgio Moro?

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Em 2021, ao votar a favor da suspeição de Sergio Moro, o então ministro do STF criticou a conduta do ex-juiz

Lula confirmou que Ricardo Lewandowski vai comandar o Ministério da Justiça e Segurança Pública. O ex-ministro do Supremo Tribunal Federal vai assumir o lugar de Flávio Dino, que passará a integrar a Corte em 22 de fevereiro, data de sua posse.

Indicado pelo próprio Lula ao Supremo em 2006, Lewandowski se aposentou da Corte em abril, aos 75 anos. Depois, ele passou a atuar na iniciativa privada e, inclusive, foi contratado como parecerista da J&F, dos irmãos Batista.

Em 2021, ao votar a favor da suspeição de Sergio Moro, Lewandowski afirmou o seguinte:

“Parece-me possível dar como certa a ocorrência de uma inusitada e ilícita coordenação de esforços para a produção conjunta de elementos probatórios e de estratégias processuais desfavoráveis ao paciente [Lula], revelando uma inaceitável simbiose entre os órgãos responsáveis por investigar, acusar e julgar, que tem como origem motivações políticas e interesses pessoais do ex juiz Sergio Moro.

As primeiras demonstradas, dentre outros fatos, pela aceitação ainda antes do término do segundo turno das eleições presidenciais de convite para ocupar o cargo de ministro da Justiça no futuro governo de Jair Bolsonaro, conforme amplamente noticiado pela imprensa. Já as segundas, recentemente tornadas públicas, pela assunção da função de sócio diretor da Alvarez e Marçal, firma estadunidense, especializada na área de disputas e investigações.”

Tornando-se ministro a exemplo de Sérgio Moro, não estaria Lewandowski cometendo o comportamento que reprovou em relação a Moro?

Informações: O Antagonista

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