Ministra Anielle Franco atribui tragédias das chuvas no Rio de Janeiro a “racismo ambiental”

Foto: Valter Campanato/Agência Brasil

A ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco disse estar acompanhando os efeitos das fortes chuvas que atingiram o Rio de Janeiro desde a noite de sábado (13) até a manhã de domingo (14).

Anielle também disse que as “iminentes tragédias” decorrentes do temporal – que até a tarde de domingo matou 10 pessoas – são fruto dos “efeitos de racismo ambiental e climático”.

O comentário da ministra repercutiu nas redes sociais. Dentre as pessoas que comentaram o termo está o advogado do ex-presidente Jair Bolsonaro, Fabio Wajngarten.

“Alguém me explica o que é ‘racismo ambiental e climático’? É da mesma série do racismo dos estádios em final de campeonato?”, em referência ao episódio de comentários de uma assessora do órgão na final da Copa do Brasil.

Myanna Lahsen, antropóloga e pesquisadora da Divisão de Impactos, Adaptação e Vulnerabilidades do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) disse ao Poder360 que o termo ‘racismo ambiental ‘ se refere à relação entre o espaço e a vulnerabilidade em caso de desastres naturais.

“Significa que quem está mais exposto aos riscos de fenômenos naturais são pessoas pobres –que são majoritariamente pretas e pardas– que moram em locais mais vulneráveis e sem infraestrutura para se proteger contra os elementos como enchentes e deslizamentos”, explicou Myanna.

Poder 360

 

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