‘Maré vermelha’: mais de 500 pessoas são intoxicadas em praias do Nordeste

Diario de Pernambuco/Reprodução

Unidades de saúde de Alagoas e Pernambuco atenderam, esta semana, 538 pessoas que se intoxicaram após tomar banho de mar em águas supostamente contaminada com o fenômeno da maré vermelha.

Tanto em Pernambuco quanto em Alagoas, os pacientes apresentaram os seguintes sintomas:

  • Dor abdominal, de cabeça e no corpo / mal-estar / náusea / vômitos / irritação nos olhos, na garganta e na pele

Outros possíveis sintomas do contato com águas contaminadas são, de acordo com o IMA: diarreia, falta de ar e olhos secos

As autoridades de saúde identificaram que os 278 casos suspeitos de intoxicação em Pernambuco estão possivelmente relacionados à maré vermelha, fenômeno provocado pelo crescimento excessivo de algas que liberam ou não toxinas.

Essa floração nociva de algas é provocada por fatores como aumento da temperatura do mar, alterações na salinidade da água e excesso de nutrientes.

Além de outros fatores, a carga orgânica elevada em efluentes domésticos também pode contribuir para o nascimento e o tempo de permanência dessas “florestas” de algas, com durações variáves entre 12h e 48h.

Em Pernambuco, a cidade afetada foi Tamandaré, litoral sul do estado, onde fica a famosa praia dos Carneiros. Entre 26 e 30 de janeiro, 278 pacientes foram atendidos no Hospital com casos suspeitos.

No caso que aconteceu no litoral sul de Pernambuco, cerca de 200 pescadores apresentaram os sintomas da intoxicação. Popularmente conhecido como “tingui” ou “febre de tamandaré” na região, fenômeno foi mais forte esse ano do que em anteriores, relatou os adoecidos.

Na quinta (1º), a Agência Pernambucana de Vigilância Sanitária (Apevisa) e a Diretoria Geral de Vigilância Ambiental e Saúde do Trabalhador e 3ª Gerência Regional de Saúde (III Geres), estiveram no município.

Os técnicos da Secretaria Estadual de Saúde e do município realizaram o levantamento e análise dos prontuários de atendimentos dos pacientes que buscaram o hospital local, no período de 26 a 30 de janeiro.

Segundo a SES-PE, pelo momento atual do ciclo da floração dessas algas, a tendência é que haja a diminuição de casos relacionados ao fenômeno. “Porém, é importante o monitoramento constante por parte dos órgãos ambientais, uma vez que novos episódios podem ocorrer durante o verão”, afirmou.

Em Alagoas, foram contaminadas as praias do Carro Quebrado e da ilha da croa, em Barra de Santo Antônio, litoral norte de Alagoas.

No local, 260 pessoas foram atendidas entre quarta-feira e ontem. Dessas, 245 receberam atendimento na própria cidade e 15 foram para uma cidade vizinha, Paripueira.

A Prefeitura de Barra de Santo Antônio solicitou ajuda da Ufal (Universidade Federal de Alagoas), que hoje coletou água para fazer testes. O IMA (Instituto do Meio Ambiente) de Alagoas também coletou amostras para avaliar a qualidade da água.

Fonte: Uol/Metrópoles

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