Brasil diz que acompanha com ‘expectativa e preocupação’ processo eleitoral na Venezuela

Nicolás Maduro Foto: EFE/ Miguel Gutiérrez

Eleições estão marcadas para 28 de julho. Em nota, Itamaraty afirmou que, até o momento, Venezuela não explicou motivos que impediram candidatura de oposicionista de Maduro.

O Ministério das Relações Exteriores (MRE) divulgou nota nesta terça-feira (26) em que diz que o Brasil acompanha com “expectativa e preocupação” o processo eleitoral na Venezuela.

As eleições presidenciais no país vizinho estão marcadas para o dia 28 de julho. Principal candidato, Nicolás Maduro poderá chegar a 18 anos como presidente se conseguir a reeleição.

A principal frente de oposição da Venezuela afirmou que não conseguiu inscrever a sua candidata, Corina Yoris, no site do Conselho Nacional Eleitoral, o órgão responsável pelas eleições no país. O prazo terminou às 23h59 de segunda-feira (25).

“Esgotado o prazo de registro de candidaturas para as eleições presidenciais venezuelanas, na noite de ontem, 25/3, o governo brasileiro acompanha com expectativa e preocupação o desenrolar do processo eleitoral naquele país”, declarou o Itamaraty em nota.

De última hora, Manuel Rosales, um novo nome da oposição, conseguiu a inscrição para concorrer no pleito.

A Venezuela vive uma crise política que vem se agravando nos últimos anos. Nos episódios mais recentes dessa crise:

opositores ficaram inabilitados;

a oposição não conseguiu registrar candidatura;

funcionários do Alto Comissariado de Direitos Humanos da ONU foram expulsos do país;

ativistas de oposição foram presos.

Até então, o discurso oficial do governo brasileiro era o de aguardar o desenrolar do processo eleitoral na Venezuela, pois, na visão do governo, não seria o ideal apontar publicamente desconfianças sobre a forma de o regime de Nicolás Maduro conduzir o processo.

Na nota desta terça-feira, o Brasil afirma que o governo Maduro age de forma “não compatível” com o Acordo de Barbados, mediado pela Noruega e que contou com a participação brasileira em busca de um processo eleitoral limpo no país vizinho.

g1/Globo

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.

Topo