Foto: ICMBio
A Polícia Federal (PF) está convicta de que os fugitivos de Mossoró não romperam o perímetro das buscas. E acredita que eles estão escondidos em uma das cavernas da região. Mesmo com todo o aparato mobilizado, o Ministério da Justiça avalia ser impossível vasculhar, em curto espaço de tempo, o interior de todas essas cavernas.
A região abriga o Parque Nacional da Furna Feia, com mais de 200 cavernas mapeadas e muitas outras não catalogadas. Algumas com centenas de metros de extensão e de dificílimo acesso, escondidas em rochedos íngremes e afloramentos calcários.
Em todo o estado do Rio Grande do Norte, segundo o Centro de Nacional de Pesquisa e Conservação de Cavernas (Cecav), do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), 958 cavernas já foram mapeadas.
Portanto, a PF acredita que vai capturar os criminosos quando eles tiverem de se expor em busca de alimentos. Para isso, foi estabelecido o reforço de patrulhamento no entorno das cavernas nas quais Deibson Nascimento e Rogério Mendonça podem estar abrigados.
Integrantes do alto escalão do Ministério da Justiça afirmam que há evolução nas buscas e dizem ser natural que a captura dos fugitivos de Mossoró demande mais tempo que a de Lázaro, uma vez que o serial killer deixava rastros por invadir diversas propriedades privadas.
Comparação com Lázaro
“Assim como Lázaro, os fugitivos de Mossoró serão pegos. É só questão de tempo”, afirmou um integrante da cúpula do Ministério da Justiça.
No caso de Lázaro, a fuga durou 20 dias e mobilizou 300 agentes de forças de segurança. No da dupla de Mossoró, que fugiu em 14 de fevereiro, já são mais de 30 dias de buscas.
Metrópoles