Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
Sergio Moro (União-PR) soube pela imprensa que Jair Bolsonaro não vai conseguir cumpri a promessa que fez sobre o processo de cassação de seu mandato como senador. O ex-presidente se comprometeu com o ex-juiz que o PL não recorreria ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), em caso de vitória de Moro na primeira instância,
A palavra final, porém, foi a do presidente do partido, Valdemar Costa Neto, que decidiu seguir com a ação. Ao saber da informação, na manhã de quinta-feira, Moro procurou interlocutores de Bolsonaro para cobrar uma explicação. O que foi dito ao ex-juiz é que o capitão reformado segue atuando para que o partido desista de recorrer ao TSE.
A avaliação de parlamentares do próprio PL é que, com o gesto, Valdemar esvazia a autoridade de Bolsonaro e mostra quem é, de fato, o dono do partido. Como informou a coluna, Bolsonaro foi pego de surpresa com a decisão, pois dava como certo que o PL atenderia aos seus apelos.
Procurado pela coluna, o senador Flávio Bolsonaro também disse que não sabia da decisão de Valdemar e avaliou que a medida prejudicará o candidato do próprio PL no Paraná, em caso de nova eleição. O nome do partido numa eventual disputa é Paulo Martins, que ficou como segundo colocado em 2022. Para Flávio, Palo Martins ganhará a “antipatia dos eleitores de Moro”. A avaliação é a mesma de Bolsonaro, que tem repetido que o eleitorado do PL no Paraná vota em Moro.
O Globo