Antiga loja das Americanas na Cidade Alta é invadida

Foto: Adriano Abreu

O prédio onde funcionou por décadas as Lojas Americanas na Cidade Alta, na avenida Rio Branco, tem sido alvo de arrombamentos e furtos nas últimas semanas, segundo moradores e comerciantes da região. Nesta segunda-feira (22), a TRIBUNA DO NORTE flagrou um grupo de cinco pessoas entrando no imóvel por uma pequena porta, abrindo um portão maior e roubando o que seria uma espécie de uma peça de gerador de energia com o apoio de uma carroça. Os furtos têm sido constantes e acontecem em plena luz do dia num dos principais corredores comerciais de Natal.

O prédio fica em frente ao Banco do Brasil e à Escola Estadual Winston Churchill, com intensa movimentação de pessoas. As duas aberturas nos portões vermelho e branco atraem curiosos e transeuntes, que acabam entrando e saqueando o que resta de fios de cobre e outros equipamentos. Mesmo localizado com uma parada de ônibus na calçada, as entradas de transeuntes acontecem tranquilamente. A guarita do Banco do Brasil, inclusive, também foi alvo de furtos neste fim de semana, quando um gelágua e outros itens foram roubados

Um morador das imediações do prédio disse que pretende acionar a justiça em virtude da insegurança e abandono do imóvel. “Olha o fedor que está aí dentro. Fora a questão da insegurança”, disse um frequentador da Cidade Alta que não quis se identificar.

A loja das Americanas em questão fechou em setembro do ano passado. No mês seguinte, a loja que fica entre o banco Santander e a avenida João Pessoa encerrou as atividades. Na época, um aviso comunicava o fechamento do estabelecimento e dizia que a loja das Americanas na rua João Pessoa, no bairro de Cidade Alta, vai concentrar o atendimento na região.

“Nós que tentamos cobrar tanto do Poder Público que se tenha ações voltadas para o bairro, mas vemos que hoje a Cidade Alta tem um grande problema de especulação imobiliária. Então esses imóveis grandes ficam abandonados em virtude do valor dos alugueis serem altos e eles não locarem, ocasionando essas invasões”, disse o presidente da Associação Viva o Centro, Rodrigo Vasconcelos, entidade que representa lojistas da Cidade Alta. “Não é só o patrimônio privado que está sendo afetado, mas toda a segurança no entorno, os moradores daquele espaço e estarmos à mercê dessa marginalidade na Cidade Alta”, acrescentou Vasconcelos.

Em outubro do ano passado, foi criado um Comitê Multidisciplinar para debater o fechamento de lojas, a redução do fluxo de pessoas e consequente impacto na economia do Centro de Natal. O grupo conta com lojistas, moradores dos bairros, da iniciativa privada, através de entidades do comércio e serviços (CDL, Fecomércio, Viva o Centro, Creci), além de políticos.

Tribuna do Norte

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