Em 1983, Michael Jackson apresentou pela primeira vez o passo “moonwalk” em um show ao vivo pela TV

Foto: Getty Images/ George Rose

Michael Jackson foi um dos artistas mais completos da história. Além de talentoso cantor e criativo compositor, o saudoso americano falecido em 2009 era um dançarino muito habilidoso.

Um de seus passos mais famosos é o moonwalk, que consiste em mover-se para trás enquanto parece caminhar para frente. Ele performou o movimento pela primeira vez em 1983, no especial de TV Motown 25: Yesterday, Today, Forever, enquanto cantava “Billie Jean”. Desde então, o número entrou em seus shows e não saiu mais.

Mas será que foi Jackson quem criou o moonwalk? O cantor Smokey Robinson, seu colega de Motown, garante que não. Ele cita que Michael aprendeu o passo do The Nicholas Brothers, artistas especializados em dança, mas que ofereciam entretenimento de um modo geral, com auge na década de 1940.

O assunto foi abordado por Smokey Robinson em entrevista à VLAD TV (via CheatSheet). O artista buscou não tirar os méritos de seu falecido colega, que tinha talento incontestável, mas reforçou que os créditos pela criação não devem ser dados a ele.

“Aquela vez em 1983 não foi a primeira vez que vi o Moonwalk. As pessoas pensam que Michael criou o moonwalk, que era dele. Mas veio do The Nicholas Brothers, uma equipe de dança de sapateado, eram dois irmãos. Eles fazem o moonwalk no filme Tempestade de Ritmo.”

O mérito de Michael Jackson entra no fato de ter enxergado potencial naquela situação. Smokey Robinson afirma que o cantor “era brilhante porque observava todo mundo”.

Em entrevistas, Michael Jackson nunca disse ser o criador do moonwalk. Ao conversar com Oprah Winfrey em 1993, o chamado rei do pop disse ter aprendido o passo com crianças que dançavam no bairro dele.

“O moonwalk veio das lindas crianças negras que vivem no gueto, as cidades do interior que são brilhantes e têm esse talento natural para dançar”, afirmou o cantor, na época. “Eles criam essas danças, tudo o que fiz foi melhorar um pouco.”

Rolling Stone/UOL

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