Professores da UFRN decidem hoje se seguem em greve

Foto ilustrativa: Divulgação/ADURN

Em greve há um mês, os professores da UFRN decidem nesta quinta-feira (23) se continuam em greve ou encerram a paralisação. Uma assembleia realizada na última terça-feira (21) rejeitou a proposta do Governo Federal. Contudo, eles levarão essa decisão a plebiscito realizado de 8h de ontem às 17h da quinta-feira (23), conforme prevê o Estatuto do ADURN – Sindicato da categoria. O processo se dará por meio de sistema eletrônico, através do site da entidade: www.adurn.org.br.

A decisão ocorreu em assembleia híbrida realizada na tarde desta terça-feira (21). Segundo o Adurn, mais de 400 docentes participaram da reunião. Foram contrários à proposta do Governo 222, enquanto 182 votaram favoráveis. Outros 10 docentes se abstiveram na votação.

Conforme deliberação da assembleia, no plebiscito os(as) docentes responderão à seguinte pergunta: “A Assembleia Geral, reunida no dia 21 de maio, decidiu pela rejeição da proposta do Governo apresentada no dia 15 de maio. A Assembleia Geral considerou que o reajuste nominal de 0% (2024), 9% (2025), 3,5% (2026), e os reajustes nos steps não atendem às demandas e aprovou o encaminhamento de pedido de reabertura de negociação. Você está de acordo com a decisão da Assembleia, de rejeição da proposta do governo?”. Serão apresentadas na tela três opções de resposta: “sim”, “não” e “abstenção”.

Todos os docentes da ativa, sindicalizados ou não, podem participar. Para isso, é preciso entrar na área restrita indicada no site, digitar o número do CPF e a data de nascimento, e seguir as instruções do sistema.

Os grevistas cobram reajuste salarial linear para os servidores públicos federais de 22,8%, até 2026 e a proposta do governo contempla a solicitação feita pelo PROIFES – Federação de substituição das Classes A/D I e B/D II por uma Classe de Entrada – o que torna a carreira mais atrativa. Porém, o reajuste reivindicado para este ano não foi concedido.

Assim, o ADURN aponta que o índice permanece zero para 2024, mas, pela proposta, as mudanças na carreira gerariam, nos próximos dois anos, reajustes que podem chegar a 17,6%, para titulares, e a 31,2%, para ingressantes. Isso porque, além do indicador linear e das alterações no início da carreira, o Ministério da Gestão e Inovação (MGI) propôs o aumento nos degraus (steps). Docentes que ingressaram na UFRN até 2003 possuem integralidade e paridade com docentes da ativa e, por isso, teriam garantidos os mesmos reajustes, e implicações da reestruturação da carreira.

A greve em andamento é apontada pela categoria como saída para quase sete anos sem diálogo entre os servidores públicos e o Governo Federal. Somente em fevereiro de 2023 foi retomada a mesa de negociação entre as partes.

Tribuna do Norte

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.

Topo