O presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), anunciou sua saída do governo na manhã desta sexta-feira, em uma entrevista coletiva. Acusado pelo lobista Júlio Camargo de ter recebido US$ 5 milhões de propina, o deputado atribui ao Palácio do Planalto uma articulação para envolvê-lo na Lava-Jato
— Saibam que o presidente da Câmara hoje é oposição. O governo sempre me viu como uma pedra no sapato, tem um ódio pessoal contra mim. O governo fez tudo para me derrubar, não me queria como presidente da Câmara — afirmou.
A propina seria para viabilizar um contrato de navios-sonda da Petrobras para a empresa Toyo Setal. O parlamentar disse que a delação de Camargo ao juiz Ségio Moro, da 13ª Vara Federal de Curitiba, é “nula” por ter sido feita à Justiça de primeira instância e lembrou que, como parlamentar, tem foro privilegiado e só pode ser julgado pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Cunha disse que, como deputado, não aceita que o PMDB faça parte de um governo que quer arrastar os que o cercam “para a lama”.
— Está muito claro para mim que esta operação é uma orquestração do governo. Essa lama, eu não vou aceitar estar junto dela — afirmou Cunha.
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Cunha disse que seus advogados vão pedir a transferência do processo de investigação para o STF.
— O juiz não poderia conduzir o processo daquela maneira. Vamos entrar com uma reclamação para que venha [o processo] para o Supremo e não fique nas mãos de um juiz que acha que é dono do país.
Se dizendo “indignado, muito indignado” com o que chamou de “orquestração política” para derrotá-lo, o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), afirmou haver no Palácio do Planalto “um bando de aloprados” que, segundo ele, “vive de criar constrangimentos”.
O rompimento com o governo, deverá, neste primeiro momento, se restringir apenas ao peemedebista. Embora tenha enorme influência sobre a bancada do PMDB da Câmara, Cunha afirmou que a decisão se limita a ele:
— Esta é a minha posição, não do partido. A posição do partido é o PMDB que vai decidir — informou Cunha. Com informações do Zero Hora
Que há orquestramento isso há – agora que tu estás envolvido não tenho dúvidas – Agora, não fala do Juiz Moro antes de escovar essa boca. Seu “CRENTE”