Gerentes de agências do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) no Rio Grande do Norte entregaram as funções que ocupavam à frente das representações da autarquia no Estado. A decisão foi tomada em razão da falta de avanço nas negociações da categoria com o Governo Federal. A paralisação dos servidores chega a terceira semana e medida intensifica movimento no RN.
Ao todo, o Estado possui 37 agências do INSS. De acordo com o Sindicato dos Trabalhadores Federais em Previdência, Saúde e Trabalho do Rio Grande do Norte (Sindprevs-RN), em 25 delas os gerentes já entregaram as suas funções à superintendência regional do Instituto, suspendendo por completo os serviços prestados nas representações. Apenas as agências localizadas na Grande Natal e em Mossoró ainda estão funcionando parcialmente.
A Direção do Sindprevs-RN conta que as negociações com o Governo Federal não avançaram desde que a greve foi deflagrada, no dia 7 deste mês. “Foi criado um comando, reunindo representantes de todo o Brasil, incluindo aqui do Estado, para dialogar com o Governo, mas o assunto não está sendo tratado com prioridade pelo Executivo”, disse Júlio Nicácio, vice-presidente do Sindicato.
Além dos servidores do INSS, a greve sem data para terminar também contempla trabalhadores do quadro dos ministérios da Saúde e do Trabalho. A categoria reivindica reposição salarial em conformidade com a inflação, incorporação de gratificações, paridade entre ativos e inativos e a realização de concurso público, além de melhorias nos ambientes de trabalho.
Segundo Júlio Nicácio, a realização de pelo menos 30% dos atendimentos, aqueles que são qualificados como emergenciais, vai continuar sendo respeitada pela categoria. “O objetivo da greve é melhorar os serviços hoje muito mal prestados à população, já que estamos numa situação insustentável, do ponto de vista financeiro e estrutural, tanto que o movimento foi prontamente acolhido pelos servidores aqui no RN”, conta Júlio. De acordo com números do Sindprevs-RN, a adesão da categoria à paralisação já ultrapassa os 80% no Estado.
