IMAGEM DE CRIANÇA FERIDA APÓS ATAQUE EM ALEPPO CHOCA O MUNDO

Menino é resgatado sob escombros de prédio após bombardeio na Síria

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Foto: Reuters tv/ Reuters

Após as fotos do corpo do menino Aylan, morto em uma praia da Turquia quando sua família tentava fazer a travessia do Mar Mediterrâneo, causarem comoção no ano passado, o mundo volta a se chocar com a crueldade do conflito na Síria com a divulgação de imagens de um menino ferido e desorientado recebendo auxílio médico após bombardeios das forças aliadas de Bashar al-Assad em Aleppo.

Ativistas opositores sírios divulgaram ontem (18) imagens de um menino de cinco anos identificado como Omran Daqneesh que viralizaram na Internet. No vídeo, um socorrista tira a criança dos escombros e a leva para uma ambulância, onde é colocada suavemente em uma cadeira. Omran está coberto de poeira e ensanguentado. Ele parece cansado e atordoado, sem entender a situação. Ele coloca a mão na cabeça e percebe o sangue.

Segundo os médicos que cuidaram de Omran, ele passa bem e já recebeu alta. O ataque deixou ao menos oito mortos, entre eles cinco crianças, apontam os ativistas do Aleppo Media Center.

O enviado especial das Nações Unidas (ONU) para a Síria, o italiano Staffan de Mistura, anunciou a suspensão do programa de ajuda humanitária na região. Por conta dos incessantes ataques em Aleppo, nenhum comboio de ajuda foi capaz de chegar à cidade nos últimos dias.

De Mistura, no entanto, pretende reunir o grupo na próxima semana, em Genebra, para debater a situação, especialmente uma trégua humanitária. “Pedimos uma pausa de pelo menos 48 horas, insistimos nisso para fazer algo que seja minimamente significativo para Aleppo. Estamos prontos para atuar”, concluiu.

Relatos assustadores de pessoas que foram detidas e torturadas em prisões na Síria estão no relatório It breaks the human: torture, disease and death in Syrian prisons (No limite do humano: tortura, doença e morte em prisões sírias, em tradução livre), divulgado pela Anistia Internacional (AI), uma organização global presente em mais de 150 países que luta para garantir e proteger os direitos humanos no mundo.

De acordo com o documento, desde o início da crise no país, em março de 2011, pelo menos 17.723 pessoas foram mortas em centros de detenção, sob a tutela das forças de segurança sírias, o que significa uma média de 300 mortos por mês. No entanto, acredita-se que o número real de mortes seja muito maior, considerando as dezenas de milhares de pessoas vítimas de desaparecimentos forçados que se encontram em instalações prisionais por todo o país.

Agência Brasil

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