ELEIÇÕES DE 2018 VARREM O VOTO DE CABRESTO E MANDAM CACIQUES POLÍTICOS PARA CASA

O “vem pra rua” quebrou paradigmas na política brasileira. O movimento que teve início em Natal, no RN, em 2012, que ficou conhecida como “Revolta do Busão”, levou a população às ruas em protesto contra o aumento abusivo na tarifa de ônibus. A partir daí movimentos semelhantes criaram tentáculos nas principais cidades do Brasil, levando a sociedade a protestar contra qualquer tipo de abuso ou atos que estivessem de encontro aos interesses da população.

O escândalo da Lava Jato e a atitude corajosa do juiz Sérgio Moro, que não se intimidou e julgou denúncias apontadas pelo Ministério Público envolvendo importantes nomes da política do Brasil, também foram combustível para o desencadeamento das manifestações pelo Brasil.

Esse sentimento de justiça e moralidade no serviço público muito rápido contagiou a sociedade brasileira, que passou a acompanhar mais de perto o comportamento dos representantes do povo brasileiro no Congresso Nacional.

Denunciados, transformados em réus e em alguns casos condenados ou presos preventivamente, alguns figurões da política nacional passaram a receber do povo brasileiro total reprovação. Chegada a eleição de outubro deste ano, em todos os estados da federação velhos caciques políticos foram reprovados nas urnas, a exemplo da ex-presidente da República Dilma Rousseff (PT), que acabou apenas em quarto lugar em Minas Gerais, o atual presidente do Senado, Eunício Oliveira (MDB), os ex-governadores Roberto Requião (MDB) e Beto Richa (PSDB), do Paraná, Cristovam Buarque (PPS), do Distrito Federal, Zeca do PT (PT), de Mato Grosso do Sul, Jorge Viana (PT), do Acre, Marconi Perillo (PSDB), que governou Goiás por quatro mandatos; os ex-prefeitos Cesar Maia (DEM), do Rio de Janeiro, e José Fogaça (MDB), da cidade de Porto Alegre, além do senador do Democratas, José Agripino Maia, do RN, e o colega Garibaldi Filho, também do mesmo estado. Ainda do RN os eleitores mandaram para casa 09 dos 24 deputados estaduais, dentre eles podemos destacar Ricardo Motta(PSB), Gustavo Fernandes(MDB), Carlos Augusto(PCdoB), Márcia Maia(PSDB), Larissa Rosado(PSDB), Jacó Jácome(PSD).

Esse cenário descortina uma nova realidade na política nacional:acabou o “voto de cabresto” nos municípios, apenas gestores bem avaliados conseguiram bons resultados nas urnas para seus candidatos, a exemplo do prefeito de São José de Mipibu, Arlindo Dantas(PCdoB), que conseguiu ampliar a votação em favor da deputada reeleita Cristiane Dantas(PPL); João Gomes, gestor de Brejinho, que liderou votação com seus candidatos nos dois turnos das eleições, além do prefeito Severino Rodrigues, de Monte Alegre, que elegeu o filho Kleber Rodrigues deputado estadual pelo AVANTE; e do gestor do município de Parnamirim, Rosano Taveira, que triplicou a maioria para governador no segundo turno.

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