POLICIAIS DESCUMPRIRAM PROTOCOLO EM AÇÃO QUE GEROU 9 MORTES EM BAILE FUNK

Imagem: reprodução

Documento obtido pelo UOL revela que a intervenção da Polícia Militar no baile funk da DZ7 em Paraisópolis (zona sul de São Paulo), em 1º de dezembro, não teria seguido os itens detalhados no protocolo utilizado pela corporação paulista em casos de “controle de distúrbios civis”. A ação terminou em tragédia com nove mortos.

O protocolo descreve detalhadamente como a tropa deve agir, as armas que deve portar, o efetivo que deve comportar e a forma como deve intervir e conter essas situações. De acordo com as evidências que foram apresentadas até o momento, no caso da intervenção em Paraisópolis, aparentemente, os itens detalhados no protocolo não foram seguidos.

As primeiras informações mostram que não havia um oficial no local para apoiar as tomadas de decisão, o que pode ter originado o efeito dominó de ações desastrosas que resultaram nas nove mortes. Por: Thiago Fernandes, do UOL

Caso

Nove pessoas, sendo uma mulher e oito homens, morreram pisoteadas durante um baile funk na comunidade de Paraisópolis, na Zona Sul de São Paulo, na madrugada do domingo (1º de dezembro), depois de uma perseguição policial seguida de tiros, segundo a Polícia Civil. Pelo menos 20 pessoas ficaram feridas, e duas foram internadas.

Ainda de acordo com a polícia, agentes do 16º Batalhão de Polícia Militar Metropolitano (BPM/M) realizavam uma Operação Pancadão na comunidade – a segunda maior da cidade, com 100 mil habitantes – quando foram alvo de tiros disparados por dois homens em uma motocicleta. A dupla teria fugido em direção ao baile funk ainda atirando, o que provocou tumulto entre os frequentadores do evento, que tinha cerca de 5 mil pessoas.

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