SENADO APROVA PL QUE LIMITA CONCORRÊNCIA ENTRE EMPRESAS DE ÔNIBUS

Foto: Igor Jácome/G1

O Senado concluiu nesta sexta, 17, a votação de um projeto que deve restringir a entrada de novas empresas de transporte de ônibus. O texto irá para sanção presidencial.

Relatado pelo senador Acir Gurgacz (PDT-RO), o projeto original era ainda mais restritivo e prometia fechar o segmento à competição e suspender milhares de novas linhas de transporte rodoviário de passageiros criadas desde 2019.

Ao chegar à Câmara, a proposta foi desidratada com apoio do governo, que rejeitava o texto original. A versão aprovada pelo Senado ontem ainda assim traz empecilhos para novas companhias.

O texto manteve um artigo polêmico que prevê limite para o número de autorizações concedidas no setor em casos de “inviabilidade operacional e econômica”. Para especialistas, ambos os conceitos são imprecisos e de difícil cálculo.

No Senado, o projeto original contou com o apoio do presidente da Casa, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), também parente de sócios de companhias do setor.

Pacheco já afirmou não tinha “interesse pessoal algum” com a proposta, “só o de cumprir a Constituição”. Gurgacz também já disse que sua preocupação era com o usuário.

Trâmite

A primeira versão da proposta foi aprovada pelo Senado no fim de 2020, seguindo para a Câmara onde enfrentou resistência. Técnicos do governo e da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) e empresas de tecnologia do segmento também rejeitavam a proposta.

Um dos trechos mais polêmicos era o que vetava aplicativos de fretamento, conhecidos como “uber de ônibus”. Votada nesta semana pelos deputados, a proposta original foi desidratada pelo parecer de Hugo Motta (Republicanos-PB), que negociou o texto com o Ministério da Infraestrutura.

Estadão

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