ELEIÇÕES E PANDEMIA DEVEM LIMITAR VIAGENS DE BOLSONARO

O presidente Jair Bolsonaro e a primeira-dama Michelle Bolsonaro na chegada aos Emirados Árabes em novembro. Foto: Reprodução/Poder 360

Depois de quase 2 anos de pandemia no Brasil e menos chances de viajar ao exterior, o presidente  Jair Bolsonaro (PL) deve manter agenda moderada de trajetos para fora do país em 2022. As eleições e o risco do coronavírus e suas variantes vão impor limites a suas visitas bilaterais e participações em eventos internacionais.

Bolsonaro anunciou que visitará a Rússia, a convite de Vladimir Putin, em 2022. Deve ocorrer entre  fevereiro e março. O presidente afirma que o “momento é mais do que propício” para o Brasil se “conectar ao mundo”. Afirmou que levará “vários ministros” em sua comitiva.

“Não é apenas conhecer a Rússia. Nós vamos lá com uma equipe de peso nossa: Paulo Guedes [ministro da Economia], Braga Neto [ministro] da Defesa, Tereza Cristina [ministra da Agricultura], entre outros, tratar de negócios para o Brasil. Ninguém gosta da gente porque nós somos bonzinhos, gostam porque têm interesse na gente e nós temos interesses neles também”, disse em evento no Planalto no dia 7 de dezembro.

O momento para essa visita oficial, entretanto, não parece ser o mais favorável. As diplomacias dos Estados Unidos e da Europa atuam para evitar que Putin lance uma ofensiva militar sobre a Ucrânia. A Rússia é parceira do Brasil nos Brics e um dos mercados com maior potencial de expansão.

No ano eleitoral, Bolsonaro também deve participar de encontros internacionais que já fazem parte da agenda obrigatória do chefe do Executivo brasileiro, como as reuniões do Mercosul e do Prosul. Mesmo com a ameaça da covid-19, principalmente no primeiro semestre, a expectativa é de retomada dos compromissos internacionais de forma presencial, mantendo precauções sanitárias.

Diplomatas avaliam que as negociações são sempre facilitadas quando ocorrem “cara a cara”. Mas a situação da pandemia e o controle das variantes do novo coronavírus ainda devem ditar o formato dos eventos, considerando a cobertura vacinal.

No segundo semestre de 2022, a presença do presidente em eventos multilaterais deve ser reduzida pelas eleições majoritárias no Brasil, que ocorrem em outubro. Em setembro, será realizada a Assembleia Geral da ONU (Organização das Nações Unidas) e no mês seguinte, quando os brasileiros vão às urnas, ocorrem as reuniões do G20, na Indonésia, e a COP 27 (Conferência das Nações Unidas sobre Mudança Climática), no Egito.

Neste momento, não há indicações de que Bolsonaro estará presente nesses eventos.

Poder 360

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