EM JANTAR COM PRESENÇA DE GARIBALDI E WALTER ALVES, LULA SINALIZA QUE ESTÁ DISPOSTO A FAZER ALIANÇAS

Isnaldo Bulhões (MDB-AL), Márcio Macedo (PT-SE), ex-senador Garibaldi Alves Filho (MDB-RN), deputado Walter Alves (MDB-RN) e senador Jean Paul Prates (PT-RN). Foto: Ricardo Stuckert

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva participou de um jantar com senadores nesta segunda-feira, 11, na mansão do ex-presidente do Senado Eunício Oliveira (MDB-CE), em Brasília. De acordo com aliados presentes, Lula usou o encontro para tentar atrair apoio do MDB à pré-candidatura à presidência e sinalizar que está disposto a fazer alianças e compor um governo fora do PT e fora da esquerda.

Senadores do PT, do MDB, do PSD e da Rede, participaram do jantar idealizado por Randolfe Rodrigues (Rede-AP), um dos coordenadores da campanha de Lula. O grupo quer se colocar como uma “frente ampla” de apoio a Lula para derrotar o presidente Jair Bolsonaro (PL) na eleição de outubro.

Além do anfitrião  Eunício, outros integrantes do MDB também estavam no jantar em Brasília, entre eles o ex-senador Garibaldi Alves Filho (RN), e o filho deputado Walter Alves, Renan Calheiros (AL), Marcelo Castro (PI),  Veneziano Vital do Rêgo (PB) e Rose de Freitas (ES). Integrantes da bancada do PT, os senadores Omar Aziz (PSD-AM) e Otto Alencar (PSD-BA) e o ex-ministro do Meio Ambiente Sarney Filho completaram a lista.

Caciques do MDB usaram o jantar para pressionar o partido a apoiar o petista já no primeiro turno e abandonar a candidatura de Simone Tebet ao Palácio do Planalto. O cardápio de Eunício foi servido à base de carne de cordeiro e peixe, comidas típicas do Ceará, reduto político do ex-presidente do Congresso, que deve ser candidato a deputado federal. “Há tendência natural de nós não irmos mais uma vez para um suicídio político”, disse Eunício ao falar com a imprensa antes do encontro.

O grupo do MDB que ofereceu o jantar a Lula tem, entre seus participantes, alvos de investigações da Lava Jato, junto com integrantes do PT.

Segundo participantes do encontro, o petista pediu para que todos esses partidos, que se enfrentaram em eleições anteriores, juntassem os “cacos” em prol de um projeto ao País contra Bolsonaro. O ex-presidente acenou aos parlamentares falando que está disposto a rodar o País e pedir votos para os deputados e senadores que estiverem com o PT.

Eunício e o senador Renan Calheiros (MDB-AL) citaram a candidatura de Henrique Meirelles em 2018 pelo MDB e afirmaram que a legenda não pode repetir o mesmo erro da última eleição, quando diminui de tamanho no Congresso. “Não dá para brincar de ser candidata a presidente da República”, disse Renan, ao afirmar que Simone Tebet deve abrir mão da candidatura se não houver uma mudança no cenário.

Reação de Simone Tebet

Reagindo à investida de caciques do MDB, Tebet se reuniu com o ex-presidente Michel Temer e com o presidente nacional da legenda, Baleia Rossi, em São Paulo, no mesmo dia do jantar, para reafirmar sua pré-candidatura. Nos últimos dias, a presidenciável reforçou que tem o apoio da cúpula do partido e que a ala favorável a Lula já não é mais majoritária. Ela insiste no lançamento de uma candidatura da chamada terceira via, formada por MDB, PSDB, União Brasil e Cidadania.

Com informações do Estadão Conteúdo.

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