MAIS DE 150 FILHOTES DE TARTARUGA SÃO SOLTOS NO LITORAL NORTE POTIGUAR

Foto: Divulgação

Mais de 150 filhotes de tartaruga-de-pente e tartaruga-verde foram soltos na tarde da última sexta-feira (17). A ação foi organizada pela Associação de Proteção e Conservação Ambiental Cabo de São Roque e contou com a participação de estudantes de Medicina Veterinária do UNINASSAU – Centro Universitário Maurício de Nassau Natal. O médico veterinário e professor da UNINASSAU Natal, Alberto Luiz de Andrade, esclareceu que a soltura foi acompanhada pelos alunos, porém sem que fosse realizada nenhum tipo de interferência humana.

“É importante para os filhotes caminharem pela areia antes de chegar ao mar, para aprenderem o caminho por meio desse contato. É o que chamamos de ‘imprinting’, e o que faz com que as tartarugas adultas voltem para esta mesma praia para depositarem os seus ovos e darem continuidade a todo ciclo de vida da espécie”, explica o professor.

Os ninhos das tartarugas são monitorados constantemente, desde o momento da postura dos ovos até o nascimento dos filhotes. De acordo com Isadora Barreto, bióloga e coordenadora da APC Cabo de São Roque, foram registrados mais de 180 ninhos dessas espécies de tartarugas na região das praias dos municípios de Maxaranguape e Ceará Mirim nesta temporada reprodutiva de 2021/22. “Foi um prazer poder dividir este momento com os alunos da UNINASSAU, que poderão atuar na área e auxiliar futuramente nas nossas atividades. Fico honrada em apresentar a área da conservação das tartarugas marinhas como uma fonte de aprendizado”, comenta a bióloga.

O projeto trabalha na proteção, conservação e pesquisa desses animais ameaçados de extinção há cerca de cinco anos. Por temporada, de novembro a junho, aproximadamente 18 mil filhotes são soltos no mar. De mil filhotes que nascem, apenas um ou dois chegam à fase adulta. Por isso, a importância do monitoramento e preservação da espécie.

“Nosso estado é um dos maiores berçários naturais para a tartaruga-de-pente, espécie ameaçada de extinção e que precisa urgentemente dos nossos cuidados e proteção. Desenvolvemos nosso trabalho de forma totalmente voluntária, então poder contar com o interesse e disponibilidade dos alunos para possíveis atividades em conjunto, como estágios educativos e projetos de extensão para conservação do ambiente marinho, é excelente”, finaliza a coordenadora da APC Cabo de São Roque.

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