Após desabamento e rachaduras, Serviço Geológico avalia áreas de risco em Gramado (RS); situação geológica é grave

Foto: Divulgação/Prefeitura de Gramado

Após as fortes chuvas que provocaram rachaduras no solo de vários bairros da cidade de Gramado, no Rio Grande do Sul, uma equipe do Serviço Geológico do Brasil (CPRM) se deslocou ao município para avaliar as principais áreas de risco. A Prefeitura divulgou nesta quinta-feira imagens dos técnicos trabalhando na localidade. Mais cedo, na madrugada, um edifício desabou após ter sua estrutura abalada pelos temporais da semana passada.

De acordo com a Prefeitura de Gramado, os dois técnicos da CPRM responsáveis pela inspeção saíram de Porto Alegre para visitar os bairros Perimetral, Ladeira das Azaleias, Planalto, onde há rachaduras no solo e risco de queda de barreiras, e Três Pinheiros, considerado o ponto mais crítico. Após a avaliação, será produzido um relatório de Avaliação Pós-Desastre, que será entregue ao Poder Público, a fim de auxiliar no direcionamento das tomadas de decisão do município.

Em nota, a gestão municipal também afirma que “deverá solicitar ao Serviço Geológico do Brasil outros estudos, a serem realizados no ano que vem, para fazer uma avaliação das áreas de risco em toda a cidade, não só as atingidas neste evento climático”.

Situação geológica é grave

De acordo com a MetSul Meteorologia, a situação geológica em Gramado é grave. A área mais crítica, na avaliação dos técnicos, fica entre os bairros Três Pinheiros e Planalto, junto a um condomínio de casas, em uma área que foi isolada pela Defesa Civil. Fissuras estão aparecendo todos os dias em vários pontos da cidade.

Duas mulheres, mãe e filha, de 80 e 52 anos, morreram no sábado após o desabamento de uma casa na localidade da Linha Marcondes Baixa, em Gramado, na divisa com a cidade de Santa Maria do Herval. Outras duas pessoas conseguiram sobreviver ao desmoronamento.

Foto: Corpo de Bombeiros de Gramado

Desabamento

O edifício Ana Carolina, que estava interditado após ter sua estrutura comprometida pelas fortes chuvas da última semana, desabou na madrugada desta quinta-feira (23), por volta das 5h40. O prédio, localizado no bairro Planalto, estava isolado desde sábado (18) e não houve registro de vítimas.

Em nota divulgada nesta manhã, a prefeitura informou ainda que a instabilidade do solo segue, e o episódio do colapso é apenas uma das situações de risco. O bairro de Três Pinheiros também foi evacuado no último sábado após o surgimento de rachaduras de até 150 metros no solo. Cerca de 110 famílias foram removidas do local e o prefeito, Nestor Tissot, declarou situação de emergência no município.

Até o momento, as chuvas no estado gaúcho mataram cinco pessoas e obrigaram mais 28 mil a deixarem suas casa. De acordo com os dados mais recentes da Defesa Civil estadual, há 24.976 pessoas desalojadas (que estão na residência de amigos ou familiares) e 3.351 em abrigos públicos no Estado.

Vídeos publicados nas redes sociais mostram que as rachaduras danificaram casas, ruas, calçadas e gramados em vários pontos da cidade. Em alguns casos, surgiram desníveis entre as duas metades dos rasgos.

O Globo

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