Uso de quadriciclos em praia de Pipa onde turista morreu tem regras estabelecidas por lei; veja quais são

Foto: Gustavo Brendo/Inter TV Cabugi

O uso de quadriciclos em Pipa, Sibaúma e nas demais praias de Tibau do Sul, no litoral Sul potiguar, tem normas estabelecidas por uma lei municipal de 2021. Por isso, a prefeitura do município informou que vai instaurar um processo administrativo para apurar o acidente que causou a morte de uma turista que caiu com um veículo de cima de uma falésia, na tarde de quarta-feira (18), durante o uso de um veículo do tipo.

Ana Carla Silva de Oliveira, de 31 anos, era servidora da Assembleia Legislativa de Roraima e estava no Rio Grande do Norte com familiares, a passeio. A cunhada dela também estava no quadriciclo que caiu, mas foi socorrida com vida e está internada no Hospital Walfredo Gurgel, em Natal.

No local do acidente, na manhã desta quinta-feira (18), não havia qualquer placa sinalizando para o perigo de queda. A prefeitura do município não respondeu aos questionamentos sobre o assunto até a última atualização desta matéria.

Vejas as regras para uso de quadriciclos em Pipa

–  O passeio só é permitido para quadriciclos cadastrados pelo município

–  O condutor precisa ser habilitado (categoria B)

–  O veículo só pode ser usado nas rotas estabelecidas

–  O uso de capacete é obrigatório

–  Não é permitido transportar caixa térmica ou de som nos quadriciclos

–  É proibido o transporte de menores de 7 anos

–  É proibido conduzir o quadriciclo alcoolizado

–  A velocidade máxima estabelecida é de 50 km/h

–  É necessário o pagamento de uma taxa de preservação ambiental

A lei municipal ainda prevê pagamento de multa de R$ 500 a R$ 3 mil, em caso de descumprimento das regras. Os passeios na região custam, em média, R$ 200.

“Na hora do treinamento, o instrutor tem que identificar se o cliente tem condições ou não. Muitas vezes ele fala que já pilotou um quadriciclo, mas passou por um pequeno teste numa praia mais tranquila, onde não tem muito buraco e terreno íngreme. Mas ele tem que fazer o teste, porque tem partes do trajeto que tem terrenos íngremes”, afirmou o instrutor Alexandre Leonardo Costa, que posseui uma empresa que presta esse tipo de serviço.

“Principalmente quem é acostumado a usar moto, costuma se imaginar em cima de uma moto e acaba, nessa situação, não fazendo o movimento do braço, de segurar firme, acaba jogando o corpo. Muitas vezes, o quadriciclo pode descer, o dedo do freio vai estar no acelerador e ele acaba acelerando”, ressaltou.

O instrutor ainda afirmou que falta fiscalização na região, até mesmo em um posto montado pelo município. “Só fazem perguntar se é no Pix ou cartão, o pagamento da taxa ambiental”, disse. O município foi procurado, mas não se posicionou sobre a declaração.

“Tem que fiscalizar, ser rígido. Sempre falo que não vão acabar com os acidentes, mas vamos conseguir diminuir bastante”, disse o instrutor.

G1/RN

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