Um relato desde a chegada da boiada no curral, e a ida dos bois para um corredor estreito(brete), sendo conduzidos a sair por um pequeno portão, onde uma dupla de vaqueiros o aguarda, pronta para conduzi-lo entre seus cavalos e derruba-lo.
Fotos: Ilma Emerenciano / 23ª Vaquejada no Parque Diógenes da Cunha Lima / Nova Cruz – 31 de agosto a 03 de setembro.
A vaquejada, atividade cultural do Nordeste brasileiro, tem como principais estrelas o vaqueiro, o cavalo e o boi.
O boi é solto na pista padrão que tem uma superfície de areia em toda sua extensão, um brete inicialmente e uma porteira no final, para saída do gado. Dois cavaleiros montados a cavalo tentam derruba-lo pela calda, entre duas faixas de cal.
Os bois que foram inscritos por suas equipes chegam aos pátios de vaquejada em carros de grande porte, em numero de 20 a 25 animais e são colocados no curral, local onde fica a boiada antes do inicio da apresentação.
Visando a manutenção da cultura, a preservação do esporte e o bem estar animal, existe regulamento criado pela Associação Brasileira de Criadores de Cavalos Quarto de Milha (ABQM) e a Associação Brasileira de Vaquejada (ABVAQ), que diz respeito aos cuidados com a alimentação, transporte e acomodação da boiada utilizada nas provas de vaquejada.
O boi minutos antes de entrar na pista de competição é levado para um pequeno corredor estreito – chamado brete – e conduzido a sair por um portão onde a dupla de vaqueiros aguarda, pronta para conduzi-lo entre os seus cavalos e derruba-lo.
O boi que esta mais a frente da fila, prestes a entrar na pista de competição, fica separado dos demais por um obstáculo de madeira.
A proteção do rabo do boi é colocada quando ele esta no corredor estreito.
O boi esperando a abertura do portão.
Conforme cada boi segue pelo estreito corredor e sai pelo portão para a pista de competição, um outro grupo de bois é levado a caminhar para frente.
Boi sendo alertado para correr antes da abertura do portão por bastão de madeira roliço.
No pátio, dois vaqueiros aguardam o boi prontos para conduzi-lo entre os seus cavalos e derrubá-lo.
“Boi saído é boi corrido”, expressão comum entre os locutores de vaquejada.
A partir desse momento, uma vez solto, o boi tem todas as condições de ser convertido em pontos, exceto se durante o percurso ele virar sua cabeça em direção ao ponto de partida (brete) ou acontecer um acidente com o cavalo.
Os Vaqueiros correm em dupla, e apenas um pode derrubar o boi, este chama-se puxador . O outro vaqueiro é o bate-esteira, que pega na saída do brete o rabo do boi e entrega ao puxador, seguindo sempre ao lado dele, ajustando o boi até a faixa, onde ele tem que ser derrubado.
Quando eles se aproximam de uma área delimitada por duas faixas brancas de giz, o batedor entrega o rabo do boi ao outro vaqueiro, o puxador, que agarra o rabo, montado no cavalo se inclina, deslocando a traseira do boi para o lado, derrubando-o no chão.
Faixa de pontuação, local onde os bois deverão ser derrubados. Dentro deste limite será válido o ponto somente quando o boi ao cair, não for arrastado para fora do seu limite, não bater nenhuma parte do seu corpo nela, e ainda dentro da faixa, mostrar as quatro patas e levantar-se sem pisar na mesma ou fora dela.
O julgamento: Se o puxador derrubar o boi entre as faixas “Valeu boi” e a dupla ganha seu respectivo ponto. O boi que ficar de pé, em cima da faixa, na hora que for puxado, receberá nota zero de imediato. Quem julga se o boi valeu ou não é o Juiz. Sua cabine fica na lateral da faixa de pontuação. Valeu o Boi (soma pontos)/ Zero Boi (não soma pontos).
O Retomo: Após a queda e julgamento favorável ou não para o vaqueiro, o boi é conduzido para sair da pista retomando ao ponto de partida e voltar para participar da vaquejada.
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