BRUMADINHO: AUDIÊNCIA ENTRE MINISTÉRIO PÚBLICO DO TRABALHO E VALE TERMINA SEM ACORDOS

Foto: JN.

A audiência que discutiu a estabilidade de empregados da Vale terminou sem acordos entre a mineradora e o Ministério Público do Trabalho de Minas Gerais (MPT-MG), na tarde desta sexta-feira (22), na 5ª Vara do Trabalho de Betim, na Região Metropolitana de Belo Horizonte.

Foram analisados pedidos apresentados pelo MPT para assegurar direitos a quem sobreviveu ao rompimento da barragem 1 da Mina Córrego do Feijão, da Vale, em Brumadinho, na Grande BH, e também aos funcionários de empresas terceirizadas e de parentes de mortos e desaparecidos na tragédia.

De acordo com o MPT, “o compromisso assumido hoje é insuficiente” e a Vale se negou a oferecer garantia de emprego por três anos aos funcionários da mineradora, conforme pedido pelo ministério.

Sobre as indenizações, o Ministério Público do Trabalho de Minas informou que apoia a proposta dos sindicatos envolvidos, corroboradas por representantes das vítimas, para danos morais e patrimoniais individuais, no valor de 2,6 milhões de dólares por vítima, que seria dividido entre dependentes e ascendentes de cada grupo familiar. A mineradora discordou deste valor e o MPT disse que “conclamou a Vale a abrir o diálogo amplo e transparente com as vítimas da tragédia”.

A audiência também discutiu pontos como amplitude de beneficiados, tempo de assistência médica e psicológica, prazo para emissão de Comunicações de Acidente de Trabalho (CATs), amplitude do rol de tratamentos médicos e de contemplados, mas não houve acordo, segundo o MPT.

O Ministério Público do Trabalho relatou ainda que a Vale não aceitou a proposta das entidades sindicais de constituição de um Fórum Permanente de Negociação entre a Vale, representantes das vítimas, sindicatos, MPT e Advocacia Geral da União. Ainda de acordo com o ministério, a mineradora pediu novamente que a cautelar seja suspensa.

Até a publicação desta matéria, a Vale não havia comentado a audiência.

Vítimas

A barragem da mineradora Vale se rompeu no dia 25 de janeiro deste ano. Até o momento, 177 corpos foram identificados, de acordo com a Polícia Civil. Outras 133 pessoas continuam desaparecidas, segundo a Vale.

Por: G1.

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