NETO DE LULA MORREU DE UMA INFECÇÃO GENERALIZADA CAUSADA POR BACTÉRIA

O menino Arthur Araújo Lula da Silva, neto do ex-presidente Lula , morreu por sepse (infecção generalizada) originada pela bactéria Staphylococcus aureus, muito presente em infecções de pele, ou mesmo contusões, que podem ser a porta de entrada para o organismo.

A Folha confirmou a informação com quatro infectologistas que tiveram conhecimento do caso e com uma fonte próxima ao ex-presidente Lula, mas que preferem se manter no anonimato em respeito à família, que não fala sobre o assunto.

Nesta segunda (1), a Prefeitura de Santo André confirmou que Arthur não havia morrido de meningite meningogócica, como havia sido previamente informado pelo hospital à época. O garoto de sete anos morreu no dia 1º de março no Hospital Bartira, da rede D’Or.

De acordo com a nota da prefeitura, logo após a morte do menino a Secretaria de Saúde local encaminhou amostras coletadas no hospital para análise e confirmação do Instituto Adolfo Lutz, em São Paulo.
Ainda segundo a prefeitura, os exames descartaram “meningite, meningite meningocócica e meningococcemia”.

“Todos os procedimentos de proteção e profilaxia dos comunicantes foram realizados seguindo os protocolos do Ministério da Saúde”, diz a nota da prefeitura.

HOSPITAL E FAMÍLIA
O hospital ainda não se pronunciou sobre o caso nem sobre a real causa da morte. A família também não fala sobre o assunto.

Nesta segunda (1º), o deputado federal Alexandre Padilha (PT-SP) publicou em seu perfil no Twitter que espera que o hospital “esclareça quais procedimentos de apuração já realizou para o vazamento de diagnóstico que se revelou antiético para com a família e irresponsável com a saúde pública da região”.

Procurado, Padilha disse por meio da assessoria que, pelo ponto de vista ético, não falará sobre a bactéria e não tratará sobre o assunto.
Afirmou ainda que só se manifestou para que Secretaria de Saúde de Santo André informasse a população de que não havia um caso de meningite bacteriana circulando na cidade e que para que o hospital explique sobre o diagnóstico errado e o vazamento da informação.

A informação de que a morte de Arthur foi por meningite meningocócica levou a uma corrida aos postos de vacinação e a críticas ao SUS que não dispõe de todas as vacinas que imunizam contra o agente causador da meningite.

RISCOS

Staphylococcus aureus resistente à meticilina (SARM) está presente em vários locais Science Photo Library Bactérias ao microscópio. O risco de uma infecção pela bactéria levar à morte pessoas saudáveis, como menino Arthur, é muito baixo, mas pode acontecer. Depende de uma série de fatores, tanto das características da bactéria quanto do paciente e sua suscetibilidade imunológica.

Segundo os médicos, nesses casos é preciso investigar primeiro qual foi a porta de entrada da bactéria (um machucado na pele? o nariz?) na corrente sanguínea e entender por que ela se disseminou tão rapidamente.

Essas situações ocorrem mais frequentemente com pessoas internadas, usando sondas e cateteres ou com aquelas que têm problemas de imunocompetência, o que leva o organismo a não reagir ou combater adequadamente os microrganismos.

SEM PÂNICO

Não há vacina que previna a infecção pela bactéria e, segundo os médicos, não há motivo para pânico. Em geral, é possível prevenir a contaminação com simples cuidados básicos de higiene, principalmente se houver machucados na pele: lavando as mãos e o local do ferimento.

Fonte: Gazeta Oline

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