Foto: Reprodução / TV Globo
A apresentadora Ana Maria Braga, de 73 anos, à frente do programa matinal “Mais você” há 23, fez declarações sobre passagens duras de sua vida e de como, muitas vezes, as dificuldades a deixaram mais forte. Ela também fez uma autoanálise, definindo-se como uma pessoa que não abre mão da verdade: “Se não quiser saber, não pergunte, pois se perguntar, eu vou responder.”
Sobre as adversidades que assumiu publicamente ao longo da trajetória, Ana Maria lembra: “Acho que fui uma das primeiras comunicadoras que colocou um problema tão sensível quanto esse (do câncer) de verdade – e me ajudou muito. Acredito em energia e estar ali, trabalhando, me dava mais força para enfrentar um outro dia”, recorda-se. “De vez em quando, eu chorava embaixo do chuveiro, pois doía muito. E aprendi a frase: ‘Por que não eu?’. Tem tanta gente que sofre, não é? Eu também.”
Já o retorno a São Paulo durante a crise sanitária despertou dois tipos de sentimentos. “Fiquei triste (na pandemia), porque o mundo ficou de ponta-cabeça”, conta. “Mas, ao mesmo tempo, voltar para São Paulo (Ana Maria morava no Rio por conta das gravações) e para a minha casa foi acolhedor”, observa.
A verdade, ela frisa, é seu guia na vida e no trabalho. “Como o meu jeito de viver é com verdade, é difícil não falar a verdade para mim mesma. Às vezes, eu sou muito dura comigo. Mas, em relação ao mundo e às pessoas, sempre digo: ‘Se não quiser saber, não pergunte, pois se perguntar, eu vou responder’”, conta em entrevista à jornalista Heloisa Tolipan para a revista Cidade Jardim.
Ana Maria também pondera sobre sua capacidade de esquecer mágoas. “Tenho algo que me ajuda muito em todos os sentidos na minha vida, que é uma capacidade imensa de esquecer coisas ruins”, declara. E ilustra essa característica com situações do dia a dia. “Às vezes, eu sinto que tem algo estranho em algum lugar e, imediatamente, preciso recorrer a um amigo para perguntar se ele sabe o que houve. E, muitas vezes, a resposta é: ‘Ana Maria, você não lembra? Aquela pessoa fez isso e aquilo’. E eu digo: ‘Eu não! Não vou perder tempo em ficar me lembrando disso’”.
Sempre antenada, Ana Maria também opina sobre as novas tecnologias. “É um prazer sempre aprender mais sobre as inovações. E adoro até jogar videogame com os meus netos”, diz. E revelou que o videogame tem efeito de terapia: “Quando estou com algum problema que não consigo resolver de imediato, jogo duas horas de videogame. A mente dá uma limpada, e consigo ver tudo com mais clareza.” Falou e disse!
O Globo
