ONÇA-PINTADA CAPTURA SUCURI DE CERCA DE 4 METROS EM ‘AULA DE CAÇA’ A FILHOTE NO PANTANAL; ASSISTA

Foto: Reprodução

Uma onça-pintada impressionou até mesmo quem costuma frequentar o Pantanal mato-grossense ao pular no rio e sair com uma sucuri de cerca de 4 metros de comprimento na boca. O pecuarista Cleyson Athaide, que pescava com o pai de barco, no Rio Piquiri, parou para ver a cena, no último sábado.

Ele pegou o celular e gravou um vídeo que mostra o animal em meio aos aguapés lutando com a sucuri, e depois subindo para as margens com a presa.

Os pescadores estavam a cerca de 10 metros da onça-pintada e do filhote.

— A onça estava tentando descer com o filhote no rio, mas ele não quis descer e ela pulou no rio e capturou a sucuri para mostrar a ele como se deve fazer — afirmou.

Em seguida, a mãe solta a cobra morta perto do filhote, mas, quando ele tenta se aproximar do animal, ela não permite, para que ele entendesse que precisa aprender a caçar, conforme disse Cleyson.

O pecuarista, que é pescador esportivo, se sentiu privilegiado, porque muitos turistas aguardam muito tempo para ter a chance de ver uma onça de perto e, muitas vezes, não conseguem.

— Brincamos que milhares de gringos pagam para ver uma cena dessas e a gente foi muito privilegiado porque nem estávamos esperando — contou.

A onça seguia o instinto materno de ensinar o filhote a caçar. No mundo dos felinos é comum levar os animais abatidos até os filhotes, como explicou o biólogo Henrique Abrahão Charles.

As onças são excelentes nadadoras e caçam até na água.
— As onças são capazes de predar sucuris dentro d’água — afirmou.

Em extinção

No topo da cadeia alimentar, o maior felino das Américas está em extinção, apesar da sua caça ser proibida desde 1967. E essa região onde o pecuarista fez esse flagrante é uma das que tem maior concentração de onças no mundo.

A estimativa é de que há cerca de 5 mil onças-pintadas em todo o Pantanal.

Pesquisadores atuam com projetos para evitar que os animais sejam alvos de caçadores, como de monitoramento por meio de colar com chip e de câmeras em árvores, espalhadas pela mata.

O Globo

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.

Topo