DESDE MORTE DE MARÍLIA MENDONÇA, BRASIL TEVE 182 ACIDENTES AÉREOS

Foto: Divulgação

O acidente que matou a cantora sertaneja Marília Mendonça (1995-2021) completa 1 ano neste sábado (5.nov.2022). De lá pra cá, o Brasil registrou 182 novos acidentes com aeronaves de pequeno porte, segundo a Aviation Safety Network, uma plataforma colaborativa mantida pela ONG internacional Flight Safety Foundation.

As ocorrências resultaram em 338 vítimas, das quais 62 morreram. A pesquisa feita pelo Poder360 abrangeu apenas voos particulares, de táxi aéreo e de segurança pública dos Estados e da União. Dos 182 acidentes, 21 foram com helicóptero, 15 com ultraleve e 1 com balão a gás.

Os dados da plataforma mostram, portanto, uma média de 1 acidente com esses tipos de aeronaves a cada 2 dias no Brasil de 5 de novembro de 2021 a 5 de novembro de 2022. Ao analisar esse número, porém, é preciso levá-lo em conta sobre o número total de voos realizados no ano. A Aviation Safety Network não tem essa estatística. E a ANAC (Agência Nacional de Aviação Civil) faz o levantamento, mas por horas de voos. A agência, no entanto, só possui os dados até 2020.

Além do acidente da cantora sertaneja, outros 9 envolveram aeronaves da fabricante norte-americana Beech Aircraft, hoje pertencente ao conglomerado Textron Aviation. O modelo em que Marília Mendonça estava era um Beechcraft C90A King Air.

Eis a lista dos 9 acidentes com aeronaves do mesma fabricante:

  • nov.2021, em Boa Vista (RR): 4 vítimas, sem mortes;
  • jan.2022, em Curitiba (PR): 3 vítimas, sem mortes;
  • jan.2022, em Belo Horizonte (MG): 4 vítimas, sem mortes;
  • fev.2022, em Leme (SP): sem vítimas;
  • abr.2022, em Curitiba (PR): 4 vítimas, sem mortes;
  • mai.2022, em Itaquiraí (MS): 1 vítima, sem mortes;
  • jul.2022, em Jales (SP): 2 vítimas, sem mortes;
  • jul.2022, em Corumbá (MS): sem vítimas;
  • jul.2022, em Belém (PA), 2 vítimas, sem mortes.

MARÍLIA MENDONÇA

A queda do avião na região de Caratinga, em Minas Gerais, matou Marília Mendonça e mais 4 pessoas em 5 de novembro de 2021. O responsável pela investigação do caso, o delegado Ivan Lopes, descartou que o mau tempo tenha sido a causa do acidente. A linha da investigação parte das hipóteses de falha humana ou avaria da aeronave.

O Ministério Público do Trabalho de Goiás também investiga a empresa PEC Táxi Aéreo, dona do avião que transportava a cantora sertaneja. Segundo o MPT-GO, há um inquérito, instaurado neste ano, que investiga possíveis desrespeitos a jornadas de trabalho e descanso. Apura-se a possibilidade de desrespeito às normas trabalhistas.

Poder 360

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