VISÃO CONSPIRATÓRIA ESTÁ AFUNDANDO BOLSONARO, DIZ JANAINA PASCHOAL

Foto: Mauricio Garcia de Souza/Alesp

Para a deputada estadual Janaina Paschoal (PSL-SP), o episódio da carta compartilhada por WhatsApp pelo presidente Jair Bolsonaro nesta sexta-feira, em que o Brasil é descrito como país “ingovernável” sem “conchavos políticos”, mostra que ele “precisa, urgentemente, trocar seus assessores”.

A advogada e professora de Direito da Universidade de São Paulo (USP) foi uma das autoras do pedido de impeachment de Dilma Rousseff (PT). No ano passado, chegou a ser sondada para ser vice na chapa de Bolsonaro, mas recusou. Acabou se lançando candidata a deputada estadual em São Paulo pelo PSL, a mesma legenda do presidente, e recebeu a maior votação da história para o cargo, com mais de 2 milhões de votos.

À BBC News Brasil, Janaina comentou sobre a mensagem, revelada pelo jornal O Estado de S. Paulo e confirmada pelo porta-voz da Presidência, em que Bolsonaro afirma se tratar de “um texto no mínimo interessante” e que “sua leitura seria obrigatória”.

O artigo, escrito pelo servidor da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) Paulo Portinho, afirma que “descobrimos que não existe nenhum compromisso de campanha que pode ser cumprido sem que as corporações deem suas bênção. Sempre a contragosto.”

O texto defende que o presidente, até o momento, não conseguiu aprovar nada devido à atuação dessas corporações em sentido contrário e que, por isso, seu governo seria desidratado e correria o risco de “morrer de inanição”. O compartilhamento foi visto por alguns como um sinalização de radicalização do governo e, por outros, como um eventual indicativo de renúncia.

Janaina disse considerar esse entendimento um exagero, assim como a interpretação de que o compartilhamento da carta seria um endosso de um ataque ao Congresso. “Bolsonaro ainda não entendeu que seus atos são considerados importantes”, afirmou, em entrevista feita por WhatsApp a pedido da parlamentar. “Ele precisa, urgentemente, trocar seus assessores diretos. As pessoas que o cercam alimentam a visão conspiratória que o está afundando.”

Confira, a seguir, a entrevista realizada pela BBC News Brasil:

BBC News Brasil – Como a senhora avalia a carta divulgada pelo presidente?

Janaina Paschoal – O presidente é muito espontâneo. Ele achou a análise interessante e compartilhou. Não acredito que ele tenha pensado na dimensão que o fato tomaria. Nem mesmo o autor do texto imaginava. Não vejo nada tão grave na situação. Estão conferindo uma dimensão maior do que a real.

BBC News Brasil – Mas repassar uma carta que ataca o Congresso foi algo que deveria ser feito em um momento em o governo tem um desgaste na sua relação com o Legislativo? Isso não é um endosso do presidente às visões ali expostas?

Paschoal – Veja, eu dramatizo menos essas questões. Ele ainda não entendeu que todos os seus atos são interpretados, considerados, enfim, importantes. Ele fez um compartilhamento como outro qualquer. Não vislumbro que tivesse atacando o Congresso, ou sinalizando uma renúncia. Ele precisa, urgentemente, trocar seus assessores diretos. As pessoas que o cercam alimentam a visão conspiratória que o está afundando.

BBC News Brasil – Quem seriam os assessores do presidente que deveriam ser trocados? Quem alimenta nele esta visão conspiratória mencionada pela senhora?

Paschoal – Somente o presidente pode identificar quem o está estimulando em teorias crescentemente conspiratórias. Precisa parar com tanta xaropada e focar no trabalho. Eu não vou abandonar o presidente, vou exigir que ele trabalhe e cumpra suas promessas de campanha.

BBC News Brasil – A senhora é professora de uma universidade pública. Considera os contigenciamentos na área de educação (e sua comunicação) adequados?

Paschoal – Os contingenciamentos são adequados, necessários e já foram feitos em outros governos, inclusive nos do PT. A comunicação poderia ter sido melhor.

BBC News Brasil – Como a senhora avalia as manifestações ocorridas nesta semana por causa dos contigenciamentos?

Paschoal – As manifestações não foram pela educação, foram por Lula Livre e todas as pautas esquerdistas, o contingenciamento foi apenas uma desculpa.

BBC News Brasil – O presidente chamou os manifestantes de idiotas úteis. A senhora concorda com essa avaliação? Ele agiu corretamente ao expressar esta opinião?

Paschoal – Não. Ele segue sendo como sempre foi. Mas o cargo exige que ele se aprimore minimamente. Para tanto, precisa parar de ouvir quem o estimula a manter o estilo de deputado temático.

BBC News Brasil – Nesta semana, o filho do presidente, Carlos Bolsonaro, disse que existe uma tentativa por parte do Legislativo de fazer o governo gastar mais do que deve, o que abriria caminho para um pedido de impeachment. Como a senhora avalia isso? O presidente corre esse risco?

Paschoal – O Presidente não corre risco de impeachment, pois não cometeu nenhum crime de responsabilidade. No entanto, o Congresso precisa compreender que o momento é delicado e que a população sabe que a MP 870 (que reduz o número de ministérios) precisa e pode ser votada, bem como que a reforma da Previdência é uma necessidade.

Fonte: BBC News

MAIS DE 70% DA VIOLÊNCIA SEXUAL CONTRA CRIANÇAS OCORRE DENTRO DE CASA

Foto: Reprodução

Em alusão ao Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes, celebrados neste sábado (18), pais e crianças de 0 a 14 anos participaram de uma corrida no Parque da Cidade, em Brasília. O evento, que reuniu cerca de 800 pessoas, é uma iniciativa da Polícia Federal, com o apoio do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos e do governo do Distrito Federal. O objetivo é alertar a sociedade sobre esse tipo de crime e envolver a família na prevenção e combate.

Dados do Disque 100 mostram que, só no ano passado, foram registradas um total de 17.093 denúncias de violência sexual contra menores de idade. A maior parte delas é de abuso sexual (13.418 casos), mas há denúncias também de exploração sexual (3.675). Só nos primeiros meses deste ano, o governo federal registrou 4,7 mil novas denúncias. Os números mostram que mais de 70% dos casos de abuso e exploração sexual de crianças e adolescentes são praticados por pais, mães, padrastos ou outros parentes das vítimas. Em mais de 70% dos registros, a violência foi cometida na casa do abusador ou da vítima.

“Há uma cultura dos maus-tratos no país, e a gente precisa implementar a cultura dos bons tratos às crianças e aos adolescentes, os bons tratos em família”, afirma Petrúcia de Melo Andrade, secretária nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente do Ministério da Família, Mulher e Direitos Humanos. A secretária cita o Estatuto da Criança e do Adolescente para ressaltar a responsabilidade da família nos cuidados dos menores de idade, e pede maior envolvimento.

“É uma campanha que envolve a família. Quando a gente resgata o Artigo 227 [do Estatuto da Criança e do Adolescente], no topo do cuidado da criança e do adolescente, está primeiro a família, em segundo a sociedade em geral e, por último, o Estado. Então, esse é o momento dessa família trazer seus filhos e estar no cuidado com eles. Momento de confraternização e alegria e, ao mesmo tempo, trazer essas crianças para um reflexão de um crime que o Brasil não pode suportar”, acrescenta.

Ensinar as crianças

Para Adriana Faria, subsecretária de Políticas para Crianças e Adolescentes da Secretaria de Justiça do DF, as crianças, em boa parte dos casos, não têm noção do que é o abuso sexual. “Aquilo incomoda, ela geralmente sabe que aquilo é errado, mas não necessariamente que é um abuso sexual que precisa ser denunciado. A gente precisa criar mecanismos para que elas conheçam o próprio corpo, saibam proteger o próprio corpo e saibam identificar que tem algo de errado e como elas podem buscar ajuda, justamente porque muitas vezes acontece dentro de casa e não dá para procurar nem pai, nem mãe. Tem que saber procurador um professor na escola, ou um conselho tutelar”, explica.

A autônoma Daíza Vaz Cortella participou da corrida com a filha Elisa, de 5 anos. Ela também concorda que é preciso educar as próprias crianças para se prevenirem da violência, e os pais não podem ter vergonha de abordar a educação sexual com os próprios filhos.

“Nós, pais, temos sim que conversar com nossas crianças e explicar sobre os perigos, esclarecer sobre as partes íntimas, como identificar um abuso. Não podemos ter vergonha de educar as crianças com essa consciência”, diz.

Ao lado do filho Pedro, de 7 anos, Maria de Fátima Sampaio era só sorrisos e um pouco de cansaço após correr cerca de 250 metros empurrando a cadeira de rodas da criança, que tem paralisia cerebral. Para ela, crianças com deficiência são ainda vulneráveis a situações de abuso e violência sexual e, nesse sentido, a conscientização do núcleo familiar e a capacitação de profissionais da educação e conselhos tutelares é crucial para o enfrentamento do problema.

“As crianças especiais, muitas vezes, ficam mais vulneráveis porque não têm os mesmos mecanismos de defesa que outras. Por isso, o envolvimento da família, dos pais, da escola e Poder Público é fundamental”, afirma.

Fonte: Agência Brasil

GOVERNO PERDEU ‘MOMENTO MÁGICO’, AVALIAM ECONOMISTAS

Diante das dificuldades de articulação política para a aprovação da reforma da Previdência e das constantes quedas nas projeções para o crescimento da economia brasileira neste ano, a avaliação geral de economistas ouvidos pelo Estado é de que o governo do presidente Jair Bolsonaro desgastou seu capital político com questões menores e que o crescimento de 2019 está praticamente perdido.

“O governo perdeu um momento tão raro quanto importante: na eleição, houve uma ruptura que gerou, na imensa maioria dos agentes econômicos, um volume de otimismo muito razoável”, diz José Roberto Mendonça de Barros, cofundador da MB Associados. “Agora, a pauta pode até avançar – achamos que vai ser aprovada uma reforma mediana da Previdência e o Congresso quer fazer uma reforma tributária –, mas se perdeu esse ‘momento mágico’ e os agentes ficaram desanimados.”

A expectativa para crescimento do PIB, que começou o ano com alta de 2,53%, recuou pela 11.ª semana consecutiva para 1,45%, de acordo com o Relatório Focus. O próprio ministro da Economia, Paulo Guedes, que projetava crescimento de 2,2% para 2019, admitiu trabalhar agora com um avanço de 1,5%.

“Havia a expectativa de que uma grande reforma destravaria o País e ele voltaria a crescer de dois a três pontos por ano. Agora, o mercado deixou a Disneylândia para encontrar a realidade”, diz Marcos Lisboa, presidente do Insper.

Para a maior parte dos economistas ouvidos, não há muito a se fazer no curto prazo para estimular a atividade de forma sustentável. O ex-diretor do Banco Central Alexandre Schwartsman diz que a única saída do governo para reativar a economia seria cortar juros. Mesmo assim, os efeitos seriam defasados. Instrumentos tradicionais de política monetária teriam eficácia pequena em função da perda de confiança, diz Zeina Latif, economista-chefe da XP.

Samuel Pessôa, pesquisador do Ibre/FGV, não vê alternativa sem mudanças nas regras de aposentadoria dos brasileiros. “Se o governo não quiser quebrar, a reforma da Previdência é a única saída para que o Brasil não caia em uma espiral inflacionária.” José Marcio Camargo, professor da PUC/Rio e economista-chefe da Genial Investimentos, reforça a opinião.

Aloisio Araujo, professor da FGV EPGE e do IMPA, aponta algumas medidas microeconômicas, como melhorias na lei de falências, no sistema tributário e na competitividade do mercado de energia. O professor da UnB, José Luis Oreiro, fala como alternativa para este ano a revisão da meta fiscal.

Fonte: Estadão

 

EM PERNAMBUCO, BEBÊ DE CINCO MESES É AGREDIDA ATÉ A MORTE POR SER MENINA

Augusto Silva da Cruz, 23 anos, teria agredido a própria filha de cinco meses pelo fato de não aceitar o gênero da criança. Débora Maria Sales da Silva deu entrada no Hospital Petronila Campos, no Parque Capibaribe, em São Lourenço da Mata, desacordada e com múltiplos hematomas na manhã da sexta-feira (17), dois dias depois de ser espancada na casa da família, na Rua Sítio Cajá.

A equipe médica ainda conseguiu reanimar a criança, que foi transferida para o Hospital da Restauração (HR), no Recife. No entanto, o bebê não resistiu aos ferimentos e morreu a caminho do HR. Augusto foi preso horas depois e conduzido à delegacia do município.

De acordo com a Polícia Civil, Silvânia Maria Viana, a mãe da criança. informou que as agressões eram recorrentes há pelo menos três meses. A conselheira tutelar Elisama Fernandes, responsável pelo caso, informou que a menina chegou ao Petronila com hematomas por todo corpo, inclusive na face, desacordada nos braços de uma vizinha, acompanhada pela mãe da criança. “Ela foi direto para a sala de reanimação. Os médicos passaram 30 minutos tentando reanimá-la”, relatou a conselheira.

A transferência para o HR, segundo Elisama, não contou com a presença da mãe. “Ela teve que permanecer em São Lourenço para que o agressor pudesse ser identificado”, disse.  Em sua primeira versão na conversa com a conselheira, a mãe teria relatado que deu um suco à criança que estava no berço, saiu para estender roupas e ao retornar a criança havia caído e estava desacordada.

“Os médicos, no entanto, já haviam informado que os hematomas eram sinais de maus-tratos, não podiam ser de uma queda”, explicou Elisama. Posteriormente, a mãe da criança relatou então que o pai não aceitava o gênero do bebê. Que vinha agredindo a criança há três meses, e que a última vez havia sido na quarta-feira (15), no entanto a criança só foi socorrida na sexta (17).

Segundo a conselheira tutelar, a mãe da criança disse que não pôde realizar o socorro antes porque o marido não permitiu. “Ela afirma que ele a prendia em casa. O local é de difícil acesso, então ela aproveitou que uma vizinha passou com um carro, e a ausência dele, para socorrer a criança”, contou Elisama.

A residência da família, segundo moradores da região, foi destruída por vizinhos que ficaram revoltados com a história. Um inquérito foi instaurado para apurar o caso, e averiguar se houve omissão de socorro por parte da mãe.

Fonte: Sistema OP9

 

 

 

 

 

 

ALUNOS DE COLÉGIOS MILITARES SÃO PROIBIDOS PELO EXÉRCITO DE PARTICIPAR DE OLIMPÍADA DE HISTÓRIA

Os 14 mil alunos do Sistema Colégio Militar foram proibidos de participar da 11.ª Olimpíada Nacional de História do Brasil. O Departamento de Educação e Cultura do Exército atribuiu a decisão ao fato de a o evento “não atender ao interesse da proposta pedagógica do Sistema Colégio Militar”. Representantes tiveram acesso ao conteúdo de algumas questões e consideraram inadequado para seus alunos.

O Estadão tentou contato com a organização da olimpíada, mas não obteve resposta. A competição é coordenada pelo Departamento de História da Universidade Estadual de Campinas, com o apoio do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovação e Comunicações e do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico Tecnológico. São várias etapas de prova, até a disputa final, programada para o segundo semestre, em Campinas.

O Estadão apurou que, entre os pontos que desagradaram militares estava o uso de palavrões em textos das questões. A proibição provocou indignação de estudantes. Eles ressaltaram que a medida destoa da conduta adotada nos colégios do sistema, que sempre foi o de incentivo à participação nesse tipo de competição.

Alunos atribuem a proibição à tentativa do departamento de evitarem que alunos do sistema tenham contato com questões que façam alusão ao período da Ditadura Militar. Professores foram encarregados de transmitir o comunicado da proibição para os alunos. Não foi informada qual a punição para aqueles que desrespeitarem a proibição e participarem das etapas de seleção.

Fonte: Estadão

 

STF DEVE JULGAR CASO DE MENINO QUE PRECISA DE REMÉDIO À BASE DE MACONHA

Foto: Reprodução

Uma redução de 80 para “apenas” quatro ou cinco convulsões diárias. Esse é o principal argumento dos pais de Natan, de 6 anos, para convencer o Supremo Tribunal Federal (STF) a garantir que o Sistema Único de Saúde (SUS) pague para ele a importação do canabidiol, substância extraída da planta de maconha e único tratamento que se mostrou eficaz para atenuar o sofrimento da criança.

“É a prova mais cabal que tem. Precisa de mais?”, indaga o advogado Davi Caballin, que representa a família. Para os governadores brasileiros, porém, que se uniram para contestar o pedido no Supremo, é preciso que a substância receba o registro da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) antes que possa ser fornecida a um alto custo pelo SUS.

O caso está marcado para ser julgado em plenário na próxima quarta-feira (22) e, por ter status de repercussão geral, seu desfecho deve servir de base para a resolução de todas as disputas judiciais que tratam do fornecimento de medicamentos de alto custo sem registro na Anvisa, em todas as instâncias da Justiça.

Desde 2015 o estado de São Paulo tenta reverter, sem sucesso, a decisão de primeira instância que determinou ao governo paulista pagar para Natan os cerca de R$ 300 mil necessários por semestre para importar o canabidiol. Após o caso ganhar a repercussão geral no Supremo, todas as outras 26 unidades da Federação entraram como interessadas no processo.

Judicialização da saúde

O pano de fundo da disputa é a chamada judicialização da saúde, fenômeno que cresce a cada ano, causando impacto no orçamento da área. Na quarta-feira, o Supremo tem pautadas ainda mais duas repercussões gerais ligadas ao fornecimento de remédios de alto custo pelo SUS. São mais de 43 mil processos suspensos por todo Brasil, aguardando uma definição do plenário.

No início do mês, 11 governadores se reuniram com o presidente do STF, ministro Dias Toffoli, para reclamar que, ao garantir medicamentos caros a poucos, a Justiça pode acabar limitando o acesso de muitos a tratamentos básicos.

“A desproporção de valor é gritante. Vamos atender a 500 mil pessoas com o valor que atendemos a 30 milhões de pessoas na atenção básica”, disse o governador Reinaldo Azambuja, de Mato Grosso do Sul, que falou em nome do Fórum de Governadores. “A judicialização está tirando recursos da universalização”, resumiu.

Não há estimativa agregada sobre os gastos dos estados em decorrência de decisões judiciais ligadas a tratamentos médicos, mas Azambuja mencionou um impacto de até “[R$] 17 bilhões em todos os estados” em 2018. Segundo o Ministério da Saúde, no ano passado a União pagou, sozinha, R$ 1,2 bilhão na compra de 10 medicamentos para doenças raras, atendendo a 1.596 pacientes que conseguiram liminares na Justiça.

Um levantamento divulgado em março pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) identificou um crescimento de 130% nas ações judiciais desse tipo entre os anos de 2008 e 2017, existindo hoje ao menos 498.715 processos de primeira instância só sobre temas relacionados à saúde. Um quinto dessas demandas é promovido por pessoas em situação de vulnerabilidade econômica, mostra o estudo.

Entre os diversos motivos que levam as pessoas a buscar a Justiça para ter acesso a tratamentos caros está o descompasso entre o desenvolvimento tecnológico e sua incorporação pelos órgãos estatais, avalia o juiz federal Clenio Schulze, especialista no assunto e coautor do livro Direito à Saúde – Análise à luz da judicialização (2019).

“Um dos problemas maiores é que a indústria produz muito, são muitos medicamentos novos e é muito difícil o Estado incorporar”, disse Schulze à Agência Brasil.

Diante de casos de vida ou morte, os juízes muitas vezes sentem não ter alternativa senão determinar que o Poder Público providencie com urgência os tratamentos. “A percepção que eu tenho, em contato com os juízes do Brasil, é que, como regra, eles têm dado ganho de causa ao autor do processo, justamente por essa situação trágica”, disse o magistrado.

Sem alternativas

Não fosse o SUS, a família de Natan, portador de encefalopatia crônica por citomegalovírus congênito combinada com epilepsia, não teria como desembolsar o dinheiro para importar as ampolas de canabidiol necessárias ao tratamento.

“Se a gente não entrasse com o processo, nossa realidade ia ser muito mais difícil”, disse o pai de Natan, Gilvan de Jesus Santos. Ele hoje está desempregado e trabalha com bicos de entrega para sustentar a família, contou à Agência Brasil.

Responsável por mover milhares de processos do tipo, a Defensoria Pública da União (DPU) também entrou como interessada no caso. Nos autos, o órgão rebate os argumentos dos estados sobre a falta de recursos para arcar com os medicamentos caros não registrados pela Anvisa.

Para a DPU, a Constituição obriga o Estado a fornecer atendimento universal de saúde e, portanto, o Poder Público deve encontrar meios de priorizar essa obrigação. “Ainda que sejam limitados ou finitos os recursos públicos e estejam os mesmos presos à observância das leis orçamentárias, no confronto de valores há que se dar prevalência à saúde e à vida digna dos indivíduos”, escreve o defensor público federal Bruno Vinicius Batista Arruda.

Julgamento

Por ter dezenas de interessados, cada um com a possibilidade de falar em plenário, a tendência é que a análise das repercussões gerais que tratam da judicialização da saúde tome bem mais do que uma sessão plenária no Supremo.

Por isso, apesar de começar na quarta-feira, ainda não há definição sobre a data em que os julgamentos devem terminar. Responsável pela agenda do plenário do Supremo, Toffoli garantiu aos governadores com quem conversou, no entanto, que o objetivo é que ainda no primeiro semestre deste ano se tenha um posicionamento final.

Fonte: Agência Brasil

ACIDENTE COM VAN DO CANTOR WESLEY SAFADÃO DEIXA MOTORISTA FERIDO NO MARANHÃO

Foto: PRF/ Divulgação

Um acidente envolvendo uma van do cantor Wesley Safadão foi registrado nessa sexta-feira (17) no km 436,4 da BR-316, no município de Peritoró, localizado a 236 km de São Luís. De acordo com a Polícia Rodoviária Federal do Maranhão (PRF-MA), o motorista do veículo ficou ferido.

Ainda segundo a PRF, o condutor que não foi identificado, perdeu o controle do veículo que saiu da pista e tombando. Ele sofreu apenas escoriações no rosto, braço e perna.

A van com placa de Pernambuco é usada como apoio da equipe do cantor para divulgação e venda de CDs e DVDs.

Fonte: G1 MA

VIVALDO SOLICITA AO GOVERNO PERMANÊNCIA DA MÁQUINA PATROL NA REGIÃO DO SERIDÓ OCIDENTAL

Buscando manter maquinário à disposição dos municípios da região do Seridó, o deputado Vivaldo Costa (PSD) solicitou ao governo estadual à permanência da máquina “patrol” motoniveladora junto a Associação dos Municípios do Seridó Ocidental (AMS).

O maquinário destinado a obras e ações emergenciais na região urbana e rural, hoje atende aos municípios  que integram a associação da região do Seridó Ocidental. Sendo utilizado em obras de construção civil de ampla escala, em conjunto com outros maquinários, principalmente para recuperação e nivelamento de estradas ou patamares.

“É de uma importância grandiosa a permanência da máquina niveladora na região do Seridó Ocidental, já que é imprescindível na obras dos municípios. Os prefeitos contam com esse maquinário para realização de obras e recuperação das estradas”,  justificou Vivaldo em solicitação encaminhada ao governo. Sobre o assunto o presidente da Assembleia, Ezequiel Ferreira (PSDB) também apresentou pedido e Vivaldo reitera a solicitação.

 

CANTOR ANDRÉ FRATESCHI CAI DO PALCO DURANTE SHOW E FRATURA DUAS COSTELAS

O cantor André Frateschi, vocalista da banda Legião Urbana, caiu do palco durante um show no Classic Hall, em Olinda, na madrugada deste sábado (18). Ele fraturou duas costelas por conta do acidente, segundo a assessoria do artista.

O palco de onde André Frateschi caiu tem uma altura de 1,60 metro, de acordo com a assessoria da casa de shows. Após a queda, o cantor recebeu atendimento no local e voltou ao palco para tentar continuar o show, mas não conseguiu

André Frateschi, que também é ator, foi levado para um hospital no Recife, mas o nome da unidade de saúde não foi divulgado. Após ter recebido alta, o cantor volta para São Paulo e não participa do show da banda previsto para acontecer em Fortaleza neste sábado (18).

Ele vai se recuperar em casa e não fica internado em nenhum hospital, segundo a assessoria do artista.

Vencedor do ‘PopStar’

André Frateschi foi o campeão da primeira temporada do “PopStar”, reality show musical da TV Globo. Em setembro de 2017, ele levou a melhor na final disputada com outros cinco participantes do programa: Claudio Lins, Eduardo Sterblitch, Lucio Mauro Filho, Mariana Rios e Sabrina Parlatore.

Fonte: G1

DEPUTADAS DO PSL TROCAM OFENSAS VIA REDE SOCIAL

Joyce Hasselmann e Carla Zambelli. Reprodução/Estadão Conteúdo

Duas das deputadas mais votadas do PSL, Joice Hasselmann e Carla Zambelli trocaram ofensas na noite de sexta (17), no Twitter. Zambelli acusou a líder do governo no Congresso de não defender que o Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) seja mantido no Ministério da Justiça, pasta comandada por Sergio Moro. Na série de postagens, marcou o presidente Jair Bolsonaro, Moro e o líder do governo na Câmara, o Major Vitor Hugo.

A deputada Zambelli também se justificou por não ter mantido a conversa no privado (“já tentei”). A reposta de Hasselmann pôs mais combustível à querela: questionou a inteligência da colega, enquanto afirmava conhecer “matemática básica” para saber que “sem a maioria não se aprova nada” (em letras maiúsculas).

A reação dos seguidores de ambas, entre piadas e galhofas, não foi das mais positivas. Uma seguidora de Zambelli chegou a pedir que a deputada não praticasse “fogo amigo”, outro acusa ambas de darem munição para a militância de esquerda ao exporem suas rusgas em redes sociais. O episódio é mais um capítulo da bagunça que marca a articulação política do governo.

 Confusão armada

O clima pesado entre as colegas de partido não é de hoje. Segundo o Radar, Carla disparou telefonemas de irritação para o Planalto logo que tomou conhecimento da indicação de Joice para líder do governo no Congresso, em fevereiro. Ficou furiosa com a indicação.

Fonte: Veja.com

JUÍZA AUMENTA MULTA DA VALE PARA R$ 300 MILHÕES E PEDE EXPLICAÇÕES

Em atendimento a um pedido feito pelo Ministério Público (MP), a juíza Fernanda Machado, da Vara de Barão de Cocais (MG), decidiu ontem (17) elevar o teto de uma multa aplicada à mineradora Vale para R$ 300 milhões.

Segundo o MP, a mineradora não apresentou o estudo dos impactos relacionados ao eventual rompimento das estruturas da Mina de Congo Soco. A decisão ocorreu após notícias de movimentação do talude da cava norte da mina, que pode ter como consequência o rompimento da barragem.

Na decisão, a juíza determinou ainda que a Vale apresente, em 72 horas, um estudo atualizado de ruptura (dam break), considerando a zona de impacto como um todo (mancha de inundação que deve estar descrita no estudo hipotético de situação), levando em conta todos os cenários possíveis e os efeitos cumulativos e sinérgicos do conjunto de todas as estruturas que integram o complexo.

Fernanda Machado também pediu informações detalhadas sobre o que representaria o pior cenário, com todos os parâmetros da barragem que influenciariam a mobilização do rejeito em uma ruptura. A juíza quer detalhes da atualização das rotas de fuga e pontos de encontro, implantação de sinalização de campo e de sistemas de alerta, estratégias para evacuação e resgate da população, comunicação, adequação de estrutura lógica, resgate e cuidado dos animais e de bens culturais. Em caso de descumprimento da decisão, ela alerta a mineradora de que a multa poderá ser aumentada.

Em nota, a mineradora negou ter sido intimada pela Justiça e informou ter apresentado documentos atualizados. “A Vale, no prazo fixado pela determinação judicial, apresentou o relatório mais atualizado de dam break [rompimento de barragem] da Barragem Sul Superior, explicando naquela oportunidade a adequação dos critérios técnicos. A empresa não foi intimada de qualquer decisão quanto a eventual descumprimento da decisão liminar”.

Fonte: Agência Brasil

MOSSORÓ – POLÍCIA ENCONTRA JOVEM MORTO COM MÃOS E PÉS AMARRADOS EM ESTRADA DE TERRA

Um jovem de 20 anos foi encontrado morto no final da madrugada deste sábado (18) em uma estrada de terra conhecida como Estrada da Raiz, nas proximidades da BR-304, em Mossoró, na região Oeste potiguar. Segundo a Polícia Militar, Lucas Araújo de Souza, o Luquinha, estava sendo procurado desde a noite da sexta-feira (17), após ele ter sido levado da cidade de Serra do Mel por homens armados e encapuzados.

O corpo de Luquinha foi encontrado com as mãos e os pés amarrados. O jovem, que foi reconhecido por familiares, também estava com uma fita enrolada no pescoço e apresentava ainda marcas de quatro tiros na cabeça.

Os parentes contaram aos policiais que o jovem estava em uma praça, em Serra do Mel, quando quatro homens chegaram em uma caminhonete, todos encapuzados e armados, e o levaram à força.

Fonte: G1 RN

MEGA-SENA DEVE PAGAR R$ 7 MILHÕES NESTE SÁBADO

Depois de acumular nesta semana, a Mega-Sena deverá pagar R$ 7 milhões neste sábado (18). O sorteio será feito às 20h, em São Paulo.

No último sorteio, na quarta-feira (15), ninguém acertou os seis números do concurso, e o prêmio acumulou.

As dezenas sorteados foram 02- 14 – 18 – 29 – 36 – 38.

Na quina, foram 80 apostas ganhadoras, cada uma no valor de R$ 23.556,59.

A quadra saiu para 5.236 apostadores, que receberão R$ 514,16, cada um.

Fonte: Agência Brasil

 

APENAS PASSEI PARA MEIA DÚZIA DE PESSOAS’, DIZ BOLSONARO SOBRE TEXTO POLÊMICO

Jair Bolsonaro se encontra com crianças em Brasília. Foto: Lorenna Rodrigues/ Estadão

Durante sessão de fotos com crianças de uma escola de Brasília neste sábado em frente ao Palácio da Alvorada, o presidente Jair Bolsonaro só respondeu uma vez sobre o texto compartilhado por ele ontem no Whatsapp que diz que o Brasil fora de conchavos é “ingovernável”: “O texto? Pergunta para o autor. Eu apenas passei para meia dúzia de pessoas”.

Ele ficou cerca de 15 minutos conversando com as crianças e se deixando fotografar, e disse a elas que o aguardavam na porta do Palácio da Alvorada, em Brasília, que “há gente ruim no Brasil”, mas que “o bem sempre vence o mal”.

Em tom professoral – e próximo às câmaras e profissionais da imprensa – Bolsonaro passou o recado às crianças: “Meu sonho de ser presidente é para ajudar o Brasil. Tem muita gente ruim no Brasil, sabia? Mas o bem sempre vence o mal”, afirmou. “Uma coisa muito importante é a verdade”.

Nesta manhã, Bolsonaro recebeu o general Augusto Heleno, chefe do Gabinete de Segurança Institucional, que chegou por volta de 9h40 ao palácio, onde permaneceu por menos de duas horas. Heleno chegou dirigindo o próprio carro, acompanhou a sessão de fotos do presidente e, ao ser perguntado sobre o texto compartilhado no whatsapp, disse “nada a comentar”.

A primeira-dama, Michele Bolsonaro, também acompanhou o marido no rápido encontro com as criança. Vestindo camisa da seleção brasileira com o número 17 e o nome Bolsonaro grafados, short e chinelo, o presidente abraçou várias crianças enquanto perguntava: “eu sou um cara legal? Você gosta de mim?”

Ele questionou ainda o que elas gostariam que ele fizesse para o Brasil e disse para que obedecessem “primeiro papai e mamãe” e depois as professoras “que ensinam coisas importantes, como português e tabuada”.

A maior parte do grupo era formada por crianças de 4 a 12 anos da Escola Classe do SRIA, uma escola pública de Brasília, que fazia um passeio cívico visitando pontos turisticos pela cidade. Na conversa, Bolsonaro disse que iria até a escola para hastear a bandeira e cantar o hino nacional. “Ele está querendo ir, disse que a assessora vai marcar”, relatou a vice-diretora da escola, Cárita Alessandra Sá, responsável pelas 108 crianças que foram ao local em dois ônibus.

Fonte: Estadão

AUTOR DE TEXTO QUE CITA ‘BRASIL INGOVERNÁVEL’ SE PREOCUPA COM EXPOSIÇÃO

O professor de finanças Paulo Portinho acordou na manhã do último dia 11, um sábado, e recorreu ao Facebook para publicar um desabafo com relação aos percalços enfrentados por Jair Bolsonaro (PSL) para implementar políticas de cunho liberal no país. Ele estava no trabalho nesta sexta-feira, 17, quando leu na imprensa que o presidente  havia compartilhado o texto em grupos de WhatsApp dos quais participa. A exposição nas redes agora o preocupa.

O jornal Estado de S.Paulo publicou a história em primeira mão. Na publicação de Portinho, o Brasil é descrito como um país “ingovernável” fora de conchavos. O texto diz que Bolsonaro sofre pressões de corporações e que não é culpado pela paralisia institucional, uma vez que “não destruiu nada, aliás, até agora não fez nada de fato, não aprovou nada, só tentou e fracassou”.

Bolsonaro publicou o texto creditando-o a um “autor desconhecido”. Em conversa com VEJA, Portinho lamentou que a autoria já tenha sido descoberta por outros usuários de redes sociais. “A única coisa que eu queria era acordar um pouco mais tarde no sábado e assistir ao jogo entre Flamengo e Atlético-MG. Não fiquei nem um pouco feliz com essa repercussão, mas não fiquei chateado com o presidente, porque as pessoas têm o direito de fazer o que querem. Só não queria o meu nome envolvido”.

Ele afirmou que a chateação tem a ver com a virulência que tomou as redes sociais nos últimos anos. Portinho não faz ideia de como o texto chegou até Bolsonaro. “Foi só um desabafo. Tinha esperança de que poderíamos nos tornar um país um pouco mais liberal, pró-mercado e pró-empresas. Escrevi isso quando vi que as coisas não andam fora de uma determinada agenda. Foi um texto que circulou só no meu grupo e, até onde sei, não conheço ninguém relacionado ao presidente”, disse.

Portinho, de 46 anos, foi candidato a vereador pelo Novo no Rio de Janeiro, em 2016, e não pretende se aventurar mais na política. Ele não votou em Bolsonaro na eleição do ano passado. Escolheu o correligionário João Amoêdo no primeiro turno e justificou no segundo, já que não estava no seu domicílio eleitoral.

Sobre a paralisia institucional do governo Bolsonaro e os efeitos que seu texto pode causar na relação entre o Executivo e os outros poderes, Portinho prefere não opinar. “Eu me sinto à vontade só para falar que torço para dar certo. A minha opinião está lá, eu não retiro o que disse. É a opinião de muita gente, inclusive. A única coisa que espero, de coração, é que a racionalidade tome conta dos três poderes e que as pessoas entendam que dá para brigar fazendo tudo certo, com cada um sendo racional na sua parte”, declarou.

Fonte: Veja.com

 

 

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