No entanto, a viagem de Maia é importante para os rumos da política brasileira. O deputado aproveitou o encontro em Buenos Aires para marcar uma distância do presidente Michel Temer e mandar sinais de que não irá trabalhar na defesa do presidente — denunciado por corrupção passiva pela Procuradoria-Geral da República.
“Uma denúncia contra o presidente é grave, não significa que a Câmara vai autorizar, mas eu não diminuo a importância e gravidade da denúncia. Deveríamos, assim que a comissão terminar seu trabalho, continuar o trabalho no plenário da Câmara”, disse em entrevista a jornalistas na embaixada brasileira.
Segundo o jornal Valor Econômico, Maia passou a conversar mais com o mercado financeiro, sinalizando que, caso assuma a presidência, manterá a agenda de reformas e a equipe econômica do governo. O nome do presidente também passou a ser defendido pelo senador Tasso Jereissati, presidente do PSDB. Maia retorna ao Brasil no sábado — e as articulações políticas devem continuar.
Do Exame.com